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De Repente Adolescente (antologia)

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

Chega um momento da vida que temos certeza de que não somos mais crianças, mas muito menos somos adultos, é aquele momento que você para e percebe: De Repente Adolescente! E por que será que tudo parece ainda mais complicado nessa época?

De Repente Adolescente
Camila Fremder | Clara Alves | Iris Figueiredo | Jim Anotsu | Julie Dorrico
Keka Reis | Luly Trigo | Olívia Pilar | Socorro Acioli | Vitor Martins
Editora Seguinte | 2021 | 272p.
Disponível em Amazon
Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

Sinopse de De Repente Adolescente

Dez contos sobre as primeiras experiências da adolescência, escritos por autores de destaque na literatura jovem brasileira.

A chegada da adolescência vem sempre acompanhada de momentos que podem marcar nossas vidas para sempre. Afinal, é nessa época que começamos a pensar em quem somos e o que queremos para o futuro, além de nos darmos conta de que, às vezes, a vida simplesmente foge do controle.

Em De Repente Adolescente, os autores narram com honestidade experiências típicas do início da adolescência: a mudança de escola, a separação dos pais, o despertar de um sentimento inesperado, o amadurecimento às vezes precoce… O resultado são contos diversos, que emocionam, fazem rir e promovem a reflexão. Mesmo que a adolescência venha de repente, a gente sempre acaba se encontrando no meio do caminho.

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

De Repente Adolescente

Numa antologia que reúne grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, a Editora Seguinte trouxe dez contos que retratam uma das fases mais marcantes da vida: a adolescência. Em De Repente Adolescente não importa a sua idade, você vai se lembrar de quem foi e de quem é, das amizades, dos desejos, sentimentos e também das paranoias.

Em contos que podem levar do riso às lágrimas, o time incrível de autores de De Repente Adolescente nos presenteia com diversidade, cultura, sentimentos, representatividade, História, relacionamentos e família. Mas também tem fantasia do Ben 10, pizza, curso de bordado e uma investigação que deixaria Agatha Christie impressionada. Ah e tem também menstruação, muitos salgados, mamonas, divórcio, algodão-doce e boto.

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

A Última Suspeita de Camila Fremder

Karina tem catorze anos e tudo que precisa é de um novo foco, um que a faça se esquecer que ela está prestes a fazer quinze anos, mas ainda não menstruou. O problema é resolvido com o mistério que surge no apartamento ao lado: um vizinho para lá de estranho que não deixa ninguém entrar no seu apartamento e não parece querer conversa com ninguém. E se ele for um assassino ou quem sabe, coisa pior? Essa é uma missão para a detetive Karina!

Divertido e leve, A Última Suspeita abre a antologia De Repente Adolescente trazendo um tema importante e que, para alguns, ainda é tabu: menstruação. Através do drama típico dos adolescentes, a narrativa bem-humorada traz a válvula de escape que a personagem encontra para lidar com seu problema. Ou com o que ela acha que é um problema.

“Mas enfim, meu nome é Karina e eu tenho quase quinze anos. Posso começar de novo, né? Não quero focar na minha menstruação, nem eu aguento mais esse assunto. E pra falar a verdade, nesse momento eu estou em uma missão secreta que é muito mais importante.”

Camila Fremder é escritora, roteirista de TV, influenciadora e podcaster no É nóia minha? e Calcinha larga. Autora de cinco livros, entre eles o best-seller Como ter uma vida normal sendo louca, com Jana Rosa, que foi adaptado para o teatro, e o mais recente, Adulta sim, madura nem sempre. E tem uma newsletter, Associação dos Sem Carisma.

Eu estou aqui de Clara Alves

Bia precisa escrever uma redação para o concurso de escrita da sua escola, mas até agora, ela tem o total de zero linhas escritas. A verdade é que as coisas andam estranhas desde que aconteceu a briga entre ela, sua mãe e seu irmão. E também, tem o fato de que a mãe anda muito distante. Talvez ela precise resolver algumas questões antes de conseguir escrever alguma coisa mas, será que isso será possível quando faltam apenas alguns dias para o concurso?

O conto de Clara Alves vem cheio de sentimentos, explorando a relação familiar de Bia ele nos mostra como, às vezes, somos capazes de nos fechar para tudo ao nosso redor, por causa de um problema. E, especialmente, que muitas vezes, as situações não podem ser resumidas entre certo e errado. Pessoas são complexas, adolescentes ou não.

“Era muito estranho que uma ausência pudesse construir abismos tão grandes entre as pessoas ao redor. Mas era exatamente isso que sentia que havia entre ela e a mãe: um abismo enorme, como um buraco negro, que pouco a pouco sugava sua existência.”

Clara Alves escreveu seu primeiro livro aos oito anos, mas foi só aos catorze que passou a levar o sonho mais a sério. Para ela, ser escritora vai além de uma simples profissão: é uma missão de vida. Conectadas (2019), seu primeiro romance LGBTQIA+ para jovens, figurou na lista de mais vendidos da Veja e recebeu o selo Cátedra Unesco de Literatura da PUC-Rio. Também é autora de romances e contos publicados de maneira independente na Amazon e venceu o prêmio Wattys em 2016 e 2019.

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

A Revolta dos Salgados de Iris Figueiredo

Rachel está concorrendo à representante de turma em sua escola e se esforçou, tem boas (ótimas) pautas para serem tratadas. Mas acontece que votos foram comprados. Salgados foram distribuídos ilegalmente para os alunos e agora, todos os candidatos estão sob investigação. Rachel, inclusa, claro. Quem será que criou toda essa confusão?

Narrado através de recibos de compra, bilhetes, trocas de mensagens, cartas dos alunos e cartas da Escola, A Revolta dos Salgados é um prato cheio para o leitor: desde a narrativa principal, com o causo dos salgados sendo investigado, até as subtramas com a protagonista, que é cadeirante e enfrenta um impasse com a escola por ser impedida de participar das aulas de educação física, a história traz mensagens de inclusão, união, amizade, respeito e noção democrática. Você vai terminar de ler com a certeza que o caso aconteceu na escola mais próxima da sua casa.

“10 evidências de que não tenho relação com a revolta dos salgados:
1 Eu não ganho mesada.
2 Minha mãe me dá dinheiro apenas para o lanche do dia. Eu precisaria passar vinte e três dias sem comer nada no recreio para juntar o suficiente para comprar salgados – e eu sou taurina, jamais passaria vinte e três dias sem merendar.”

Iris Figueiredo é formada em produção editorial pela UFRJ e mestranda em história política. Já atuou em diversas áreas do mercado editorial e é autora de Céu sem estrelas (2018) e da duologia Confissões On-line, que será relançada pela Seguinte a partir de 2021.

A batalha das mamonas verdes de Jim Anotsu

Minha bela cidade outrora chamada Arraial Curral Del Rey conta a própria História, desde antes de ter rua asfaltada e ser chamada de Belo Horizonte. Através de Luzia, uma das crianças que guerreava com as mamonas, será contada uma história de luta, sangue e terras roubadas. Uma história verdadeira, dolorida e necessária.

Bonita, tocante, real e necessária apenas começa a descrever o conto de Jim Anotsu. A narradora, a cidade Belo Horizonte, traz uma versão importante da época de sua construção, da época em que não apenas terras foram retiradas do povo sob a força da ordem e do progresso, mas também, vidas, histórias, infâncias e futuros. Sem dúvidas, a narrativa e história mais intensas de toda a antologia.

“O Brazil pode até me matar, mas não pode me vencer. O Brazil é de gente que nem o senhor, mas a terra, a terra é das gentes. A terra é de quem anda nela, mora nela, vive nela.”

Jim Anotsu é escritor, tradutor, palestrante e roteirista de cinema, TV e publicidade. É autor de A batalha do Acampamonstro (Nemo, 2018), A espada de Herobine (2015) e Rani e o Sino da Divisão (Gutenberg, 2014) e muitos outros livros, além de contos em publicações e mídias diversas. Seus livros estão publicados em treze paízes e em vários idiomas.

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

Menina-moça de Julie Dorrico

Maíra conta sobre sua infância e adolescência sendo filha de uma mulher macuxi, e enfrentando o preconceito presente na escola e em como sua mãe mantinha viva não apenas as lembranças de seu povo, mas a língua e a cultura, através das histórias de criaturas como o boto.

É impossível ler Menina-moça e, primeiro, não se deleitar com a narrativa cativante de Julie Dorrico e, depois, mergulhar na cultura que é mostrada e se encantar com a força e todo aprendizado que uma história tão breve, é capaz de carregar. Trazendo diversidade e explorando as histórias do povo macuxi, Julie Dorrico encanta, ensina e fala sobre o que é ser menina-moça.

“Minha mãe, uma mulher macuxi, vivendo em outro estado, longe da família, se empenhava em manter a cultura viva em nós, por meio do uyseru’kon ta komato, que são as histórias, os cantos, o cultivo das plantas e o respeito pelos seres.”

Julie Dorrico pertence ao povo macuxi, que habita o território de Roraima, fronteira com a Guiana. É autora de Eu sou macuxi e outras histórias (Caos e Letras, 2019), vencedor do concurso Tamoios/FNLIJ de novos escritores indígenas. É doutora em teoria da literatura (PUCRS), pesquisadora de literatura indígena contemporânea no Brasil e a primeira colunista indígena da ECOA/UOL.

Casa Nova de Keka Reis

Gabriela está tentando, sim, ela está, mas isso não significa que é fácil. Depois que o pai retorna de um chá de sumiço de dois anos, depois do divórcio, ela tenta deixar com que eles se aproxime, mas não é só o fato do apartamento ser super abafado, da pizza estar bem caída, de não ter guardanapo ou da mãe dela não parar de mandar mensagens. A questão é: como fazer com que tudo volte a ser como antes?

Abordando temas como paternidade, divórcio, abandono e perdão, Casa Nova fala sobre recomeços, ou da necessidade de um. Uma das coisas mais legais é o lembrete de que as maiores mudanças que nós desejamos que aconteçam, muitas vezes, nascem dentro de nós e Gabriela está prestes a descobrir isso, ainda que algumas coisas, talvez, nunca mudem.

“Agora me deu vontade de chorar de novo. Porque lembrei de todas as coisas que fazia junto com o meu pai antes de ele desaparecer. Ele me ensinou a dar nó de marinheiro no cadarço do meu tênis, para não desamarrar nunca.”

Keka Reis é escritora, roteirista e dramaturga. Começou sua carreira na MTV dos anos 1990, atua como roteirista freelancer desde 2006 e foi premiada em vários editais e festivais. É autora dos livros O dia em que a minha vida mudou por causa de um chocolate nas Ilhas Maldivas e O dia em que a minha vida mudou por causa de um pneu furado em Santa Rita do Passa Quatro, ambos finalistas do prêmio Jabuti de literatura juvenil. A adaptação do seu primeiro livro para os palcos foi eleita a melhor peça infantojuvenil de 2019 pelos críticos dos jornais Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo.

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

Segunda Chance de Luly Trigo

Bethânia pode comemorar aliviada, ela conseguiu passar de ano e agora, além de sua mãe, que trabalha em outro país, finalmente estar em casa, ela pode se concentrar no intercâmbio que está prestes a fazer. Mas um acontecimento em sua família vai mostrar que ela não tem controle sobre o que acontece ao seu redor e, especialmente que nem tudo em sua vida é da forma que ela imaginava.

Falando sobre família, divórcio, amizade e amor, Segunda chance, como o nome indica, traz as possibilidades que se abrem para nós, sempre que um ou outro acontecimento pode fazer parecer que o mundo está prestes a desmoronar. Especialmente quando se é adolescente. Ou quando você age como um.

“Como você me pede para viver no presente, quando me sinto completamente presa ao passado e com medo constante do futuro? Como se eu tivesse entrado em uma máquina do tempo desregulada, que não funciona direito. E sabe o que é pior? Saber que eu quebrei a máquina.”

Luly Trigo nasceu em 1988 no Rio de Janeiro. Sempre gostou de contar histórias e hoje trabalha escrevendo livros e roteiros. Mergulhar no mundo jovem é, para ela, uma maneira de criar realidades paralelas, onde pode reviver a adolescência de maneira diferentes. Quando não está mirabolando novos projetos, curte assistir filmes, maratonar séries, ler livros transformadores e agarrar a Ipa, sua cachorrinha. Dela, a Seguinte também publicou O reino de Zália.

Entre algodões-doces e montanhas-russas de Olívia Pilar

Duda está revendo seus amigos de infância, Lara e PH, no Parque de Diversões e as coisas andam meio estranhas. Quer dizer, PH ainda é PH, Lara ainda é Lara, mas os sentimentos, ah, esses andam bem confusos. Será por que esses dois fazem o coração de Lara balançar de um jeito tão diferente e seu estômago se revirar?

Entre algodões-doces, borboletas no estômago, montanhas-russas e uma viagem ao trem-fantasma, Duda vai perceber que está tudo bem em ser diferente e que, seja como for, a vida pode ser muito mais do que caminhos pré-traçados por padrões que nem deveriam existir.

“Essa história de pensar em sentimentos não estava funcionando muito bem para mim. Quer dizer, acho que todo mundo sente muitas coisas, né? Mas a ideia de ter que refletir sobre eles daquele jeito que adultos fazem em filmes românticos… acho que nunca vou ser boa nisso.”

Olívia Pilar é mestra e doutoranda em Comunicação Social pela UFMG e estuda representatividade. Escritora, busca trazer essa temática para suas histórias, que têm protagonistas negras e garotas que gostam de garotas. Publicou, de forma independente, cinco contos pela Amazon: Entre estantes, Tempo ao tempo, Dia de domingo, Pétala e Quando o sol voltar; participou de quatro coletâneas também publicadas na Amazon e da antologia jovem adulta Todo mundo tem uma primeira vez (Plataforma21, 2019).

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

A maior artista de Maranguape de Socorro Acioli

Rosélia Regina, digo, Rayllane é a melhor artista que Maranguape já viu. Não que a cidade já saiba disso, ou o mundo, mas ela tem certeza e, por isso, ela e sua mãe estão indo até Fortaleza, onde os sonhos de Rayllane estão prestes a começar. Uma guinada inesperada do destino faz com que os planos pareçam sair dos trilhos, mas nada que uma Carreta Furacão no meio do caminho não possa dar um jeito.

Super divertido, A maior artista de Maranguape trouxe uma personagem para lá de determinada, ainda que seus pés muitas vezes tenham dificuldade de fincar-se ao chão. É ótimo ver como a adolescência e sonhos foram unidos à um fenômeno que se espalhou Brasil afora e que também faz parte da cultura brasileira. E quando um sonho falha, a gente pode muito bem criar outro!

“Sou um caso raro de artista que nasceu pronta, madura e experiente. Não tem quem diga que tenho só quinze anos.”

Socorro Acioli nasceu em Fortaleza, em 1975. É jornalista, mestre e doutora em estudos de literatura pela UFF, no Rio de Janeiro. Foi bolsista da Biblioteca Internacional da Juventude de Munique e aluna de Gabriel García Marquez, ganhador do prêmio Nobel, na oficina Como Contar um Conto, em Cuba. Escreveu diversos livros, entre eles Ela tem olhos de céu (Gaivota, 2012), que recebeu o prêmio Jabuti de literatura infantil, A cabeça do santo (Companhia das Letras, 2014) e A bailarina fantasma (Seguinte, 2015).

Agulhas e bolinhas de Vitor Martins

Murilo está sofrendo pela perda recente do avô, mas não é apenas isso. Além da companhia, da presença, da pessoa, da memória, da figura paterna, ele agora não é mais o aprendiz de bordado do seu avô. Uma conexão, um momento que era apenas deles e que agora não existe mais. Até que sua avó aparece com um curso de bordados. Será que ele deveria dar uma chance?

Com uma escrita leve e divertida (e fofa também), Agulhas e bolinhas encerra com chave de ouro a antologia De Repente Adolescente e traz uma adolescência perto da infância, com um sabor das incertezas e dores que a vida às vezes resolve apresentar muito cedo. Lembrando que bordar não é coisa exclusiva de menina, mas sim de quem gosta de bordar. A mensagem do conto expande para qualquer coisa que a gente gosta, rótulos e padrões não devem inibir ninguém.

“Ele me explicou que muita gente acredita que qualquer tipo de arte, seja música ou dança ou desenho ou canto, nasceu com a gente como se fosse um dom. Mas que na verdade não existe dom sem prática. Meu pai me disse que eu preciso praticar sempre porque é a prática que separa as pessoas boas das pessoas muito boas.”

Vitor Martins nasceu em Nova Friburgo, mas atualmente mora em São Paulo. Formado em jornalismo, trabalha com ilustração e tradução. É autor de Quinze dias (Alta, 2017), também publicado nos Estados Unidos e no Reino Unido como Here the Whole Time, e Um mulhão de finais felizes (2018).

Resenha da antologia De Repente Adolescente publicada pela Editora Seguinte em 2021.

Aleatoriedades

O livro De Repente Adolescente foi recebido do Time de Leitores da Companhia das Letras. Ah e tem um extra bem legal, no fim do livro, tem uma entrevista que os autores fizeram entre si, que vale muito ler!

Dicas de leitura para quem curte boas histórias como as de De Repente Adolescente: O Reino de Zália da Luly Trigo | O Amor não é Óbvio de Elayne Baeta | Para todos os garotos que já amei de Jenny Han | Com Amor, Simon de Becky Albertalli

Que a Força esteja com vocês!

xoxo

Retipatia

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  • Angela Cunha

    Eu sabia que mais uma vez encontraria uma chuva de fotos que fazem meus olhos ficarem feliz!
    Uma antologia com cheirinho de nostalgia e eu adorei ler um pouco sobre cada conto. Tão diferentes e que sim, trouxeram lembranças de uma época muito, mas muito feliz!
    Adorei poder conhecer e sim, senti aquela vontade enorme de voltar ao passado!
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na flor

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