A Padaria dos Finais Felizes ♥ Jenny Colgan

Dizem que dá para encontrar sonhos em padarias, mas Polly está aqui para nos mostrar que dá para fazer finais felizes na padaria também. Alguns acompanhados de queijo e vinho, alguns com favos de mel… garanto que opções de pães para finais felizes não faltam na história criada por Jenny Colgan!
A Padaria dos Finais Felizes (Little Beach Street Bakery)
Jenny Colgan
Tradução de Thaís Paiva e Stephanie Fernandes
Editora Arqueiro | 2019 | 336p.
Disponível em Amazon
“E foi assim que começou o próprio negócio, completamente ilícito. Toda noite fazia grandes levas de pão com combinações diferentes: pão branco para os rapazes, que não se aventuravam muito; umas sementes de papoula aqui e acolá; pão com mel e passas, que, torrado com um pouco de manteiga local, ficava divino. De manhã, corria para entregar tudo e recebia pequenos montantes em troca; pequenos montantes que faziam toda a diferença para ela.”

Sobre Jenny Colgan
Jenny Colgan nasceu em 1972, na Escócia, e é autora de comédias românticas, ficções científicas e histórias infantis. Seus mais de 25 livros foram publicados em dezenas de países e já venderam mais de 3 milhões de exemplares. Jenny adora bolo, Doctor Who e livros muito, muito longos – quanto mais longos, melhor. Mora em Edimburgo com o marido, os três filhos e o cachorro, Nevil.

Sinopse de A Padaria dos Finais Felizes
Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico.
Para que seus pensamentos fujam dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.
Assim, o hobby se transforma em paixão e logo ela começa a operar sua magia usando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.

Receita d’A Padaria dos Finais Felizes
Esta é uma daquelas receitas fáceis de fazer, que não leva muito tempo, mas que traz uma combinação perfeita de massa leve, gostosa, que traz diversão durante a sova e que ainda rende boas porções.
Sem dúvida ela combina muito com dias chuvosos, para alegrar a casa com o cheirinho de pão assando e ainda combina com uma taça de vinho e com o barulho do mar. Como Jenny Colgan indica em sua receita de Biscoito Escocês, é “tão simples e tão maravilhoso.”

“O mais estranho é que se fosse apenas a vida pessoal deles ruindo, todos ao redor estariam cheios de compaixão, apoio, conselhos e garantias. Mas como se tratava de um negócio em derrocada, ninguém dizia nada. Todos mantinham distância, não ousavam se intrometer, nem mesmo a intrépida Kerensa, a melhor amiga de Polly.”
“Fantasmas nunca aparecem para quem finge não acreditar neles.”
“Estava grudenta, bom sinal – quanto mais grudenta a massa, mais leve o pão ficaria. Mas estava grudenta demais para a sova, então polvilhou um pouco de farinha na mesa. Em seguida, começou a sovar. Empurrava e socava a massa, repuxava e dobrava de volta.”
“a) limpar a casa a ponto de não correr o risco de pegar alguma doença repugnante; b) recompor-se e encontrar um trabalho digno; c) superar… ou melhor, lidar com as coisas. Botar a vida nos trilhos. Parar de constranger os amigos com choradeiras toda vez que tomava duas taças de vinho. Encontrar paz interior.”

Para essa receita você vai precisar de:
10h aproximadas de leitura, parceladas como desejar;
1 livro em formato físico ou e-book (ou um ou outro, o sabor não será alterado);
1 tarde preguiçosa de domingo OU 1 dia chuvoso OU 1 dia à sua escolha;
100g (em barra) de ilhota da Cornualha (temperatura ambiente) ;
50g de semente para papagaio-do-mar;
1 colher de sopa de fermento, para criar raízes;
Uma pitada de lembrança do barulho do mar;
Uma xícara de romance aconchegante;
Duas colheres de chá de tempestades;
1 xícara cheia até a borda de creme de dar a volta por cima;
Mel a gosto.

“E foi assim que começou o próprio negócio, completamente ilícito. Toda noite fazia grandes levas de pão com combinações diferentes: pão branco para os rapazes, que não se aventuravam muito; umas sementes de papoula aqui e acolá; pão com mel e passas, que, torrado com um pouco de manteiga local, ficava divino. De manhã, corria para entregar tudo e recebia pequenos montantes em troca; pequenos montantes que faziam toda a diferença para ela. E a preocupação com a procura de emprego ou com o que estava por vir foi abrandando.”
“Às vezes, à deriva, quando é só você e o mar e nada mais, e tudo que dá para ver de madrugada são as estrelas no céu, longe do farol, e você se deixa levar pelo ritmo de algo muito maior… É, é bom.”
“Algumas ansiedades pioravam muito à noite e ficavam mais manejáveis com a luz da manhã, ou até desapareciam com a primeira xícara de café do dia, como um sonho ruim, ou eram racionalizadas com os afazeres do dia, quando o cérebro ficava sem muito espaço para remoer os erros e as oportunidades perdidas, os arrependimentos e as preocupações com o futuro.”
“Você tem que seguir a sua onda. Não tem outra forma de viver. Precisa fazer o que ama. Primeiro descobre o que ama fazer, depois faz essa coisa com garra e dedicação e aí tudo vai ser ótimo e você vai poder surfar. Assim vai ser feliz. O que te deixa feliz?”

Preparo:
Pegue o livro e parcele entre as horas de leitura, durante o dia (ou dias) selecionado. Coloque tudo em banho maria e, assim que começar a ferver, retire do fogo e deixe o creme descansar.
Junte a barra de ilhota da Cornualha mais as sementes para papagaio-do-mar e o fermento numa tigela e misture até dar liga. Quando estiver bem misturado, coloque a massa sobre uma bancada lisa e vá salpicando a xícara de romance aconchegante enquanto sova a massa até ficar grudenta. Às vezes a massa fica grudenta em excesso, nesse caso, salpique mais um pouco de romance aconchegante.
Para que a massa possa crescer bem, deixa-a descansar por 15 minutos, tampada. Após, junte a pitada de lembrança de barulho do mar, acrescente as colheres de chá de tempestades e deixe a massa descansar enquanto você faz o recheio.

“Estou trabalhando com uns sites… quer dizer, no geral, eu só ganho na exposição, mas isso vai ajudar a dar visibilidade à minha marca, sabe? Polly sabia muito bem. Empresas que bancavam as espertas para ganhar trabalho de graça, afirmando que era em troca de publicidade – quem não sonharia em não ter que pagar o encanador? Ou o padeiro, inclusive.”
“O mar determinava todas as coisas: se as pessoas atravessariam a ponte ou não, se os homens podiam trabalhar ou não, até mesmo se ela poderia sair de casa. Era parte essencial da vida de todos. Enquanto ela e Kerensa caminhavam em silêncio pelas dunas, Polly entendeu, por fim, o significado de se ter o mar correndo nas veias.”
“É a vida. Nós ficamos aqui e esperamos. Nós, mulheres. Isso é o que fazemos.”
“É uma padaria, a padaria mais incrível que já visitei. Toda manhã, logo de cara, dá pra sentir os aromas maravilhosos das fornadas de pães, e quando ela abre as portas, dá pra comprar pão fresquinho, direto do forno, e comer de pedaço em pedaço sentado na mureta do cais, e em meia hora aparece quase todo mundo da vila para bater um papo e comprar pão, e é assim que Polbearne acorda de manhã. Às vezes, se você se comportar, a moça que cuida da padaria serve uma xícara de um bom café também. Mas não pode importunar, ela vive ocupada.”

Junte o creme que você reservou com o creme de dar a volta por cima e adoce com mel a gosto. No momento em que o creme estiver bem espesso e firme, coloque-o centralizado na massa, enrole-a e coloque no forno em uma assadeira até ficar crocante, por cerca de 30 min.
Agora é só fatiar e servir!
A receita é certeira, mesmo para principiantes: garante uma boa dose de diversão na cozinha, trabalha a imaginação, a fé na humanidade e, especialmente, a lembrança de que carboidratos não são vilões. Ah e tem um sabor ao fundo que vai desde o mel da Cornualha até a lembrança de que tempestades e tempos difíceis sempre irão existir, mas buscar seus sonhos e acreditar em si, é a dose de esperança que você precisa para dar o primeiro passo. E fazer fornadas incríveis!

Aleatoriedades
Bem como o outro título da Jenny Colgan que já li e é super fofo (A Pequena Livraria dos Sonhos), A Padaria dos Finais Felizes faz parte do selo Romances de Hoje e foi cortesia da Editora Arqueiro.

A história de Polly fala de várias coisas importantes para além do romance aconchegante. Ao mesmo tempo que ela traz como motor inicial da história a crise bancária de 2008 e as mudanças do mercado de trabalho, introduz a realidade das famílias e regiões que vivem e dependem da pesca ao narrar a vida em Polbearne. Mas acima de tudo, fala sobre a importância de conseguir se reinventar e continuar a caminhar, mesmo quando seus passos possam parecer muito incertos. Uma leitura super recomendada!
Que a Força (e os pãezinhos) esteja com você!
xoxo
O seu carinho hoje com as fotos, deu fome, muita fome de doce rs
Coisa mais linda não de resenha, mas de carinho, de receita de amor.
Sei que posso seguir a receita e não haverá erro no final(coisa que sempre acontece quando descubro receitas novas)
Amei de todo o meu coração e de certa maneira, o coração já ficou com açúcar polvilhado por cima!!!
Beijo
Angela Cunha
Só de olhar suas fotos deu vontade de experimentar as delícias da Polly, tenho esse livro na estante e até hoje não li lendo sua resenha me fez perceber que estou perdendo muito tempo….
Olá,
Gente, que receita deliciosa, deu vontade de fazer, e estou mesmo precisando colocar em prática. O post ficou incrível, cheio de amor, as fotos incríveis. Parabéns!
Beijo!
http://www.amorpelaspaginas.com