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meu corpo virou poesia ♥ Bruna Vieira

Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

meu corpo virou poesia nasceu de dentro de Bruna Vieira para expressar sentimentos tão dela, tão íntimos e tão intensos, que são capazes de ultrapassar as páginas e chegar do lado de cá, de quem lê, vê, toca, sente, inspira, expira e ouve verso e palavra na mente. Vem conhecer o livro de estreia na poesia de Bruna Vieira.

meu corpo virou poesia
Bruna Vieira
Ilustrações Brunna Mancuso
Editora Seguinte | 2021 | 184p.
Disponível em Amazon
“… este livro não é um pedido de desculpas. É um mapa. É meu caminho de ida e volta para casa, relatos reais repletos de lembranças, aprendizados e cicatrizes de alguém que sempre vai se orgulhar de ter o amor como prioridade na vida.”
Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

Sobre Bruna Vieira

Bruna Vieira é blogueira, youtuber e escritora. Nasceu em 1994 em Leopoldina (MG) e atualmente mora em São Paulo. Aos quinze anos, criou o blog Depois dos Quinze, para superar uma desilusão amorosa, e logo reuniu milhões de seguidores. Foi colunista da revista Capricho e hoje compartilha suas ideias em seus livros, podcast e redes sociais.

É autora de Depois dos Quinze (Gutenberg, 2012), De Volta aos Sonhos (2014) e A Menina que Colecionava Borboetas (2014); das graphic novels Quando Tudo Começou (Nemo, 2015) e O Mundo de Dentro (2016), com Lu Cafaggi; além de ter participado da coletânea Um ano inesquecível (Gutenberg, 2015).

Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

Sinopse de meu corpo virou poesia

Em 2017, Bruna Vieira fez as malas, deixou a vida no Brasil de lado e foi escrever uma nova história em outro país, vestida de coragem e guiada por um sentimento que sempre foi sua maior prioridade: o amor.

Com o tempo, porém, os dias foram ficando cada vez mais longos e solitários. Era como se naquele lugar o amor tivesse perdido o equilíbrio e se tornado uma obrigação. Foi bem perto do fim e de jeito mais frio que ela finalmente se deu conta: é impossível ser “nós” sozinha.

Formado por quatro partes ― cabeça, garganta, pulmão e ventre ―, este livro é um mapa. Um mapa que leva Bruna de volta à escrita e a si mesma. São relatos reais, repletos de lembranças, aprendizados e cicatrizes, que agora deixam o corpo da autora para encontrar o seu, em forma de poesia.

Ao tocar em temas como autoestima, amizade feminina e relacionamentos (com o outro e sobretudo consigo mesma), Bruna olha para dentro e nos convida a percorrer nestes versos nossa própria viagem de autodescoberta.

meu corpo virou poesia

“Minha cabeça virou VERSO.
Minha garganta virou ESTROFE..
Meu pulmão virou MÉTRICA.
Meu ventre virou RIMA.”

adentrei na CABEÇA de Bruna, entre pensamentos-relatos-confidências de um relacionamento externo-interno que andava desregulado, desconexo. era bem mais do que uma peça que não se encaixava, era uma peça que se forçava a entrar, encaixar, caber em qualquer pequeno pedaço que desse.

Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

ganhei voz com a GARGANTA, expandindo o mundo, abrindo os olhos, vendas retiradas. mas também mais do que isso, é verdade fluindo pescoço afora, é o olhar para trás tão necessário para o caminhar no agora. é como usar o remédio certo para a ferida, aceitá-la, acolher e dizer, você vai se curar. vou me curar.

Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

um fôlego profundo e estou a pleno PULMÃO. foi inspirar e exalar, de uma vez, rápido-devagar, e de novo e novo. era tudo escapando de mim em palavras, gestos, olhares. era rabisco no papel que faz sentir dor-amor-ardor. era o fôlego para manter a garganta aberta, jorrando. é a prática do bem-me-quero.

deslizei até meu VENTRE, reiniciando meu ciclo, revendo-o, sentindo e, especialmente, reinventando cada pedaço meu. deixando para trás o que precisa, percebendo as peças que fizeram parte, mas que agora não se encaixam mais. percebendo as peças que peguei pelo caminho acreditando serem minhas, mas que nunca foram. dançando de pés descalços nas nuvens que desenhei no chão, deixando que a vida se acalme, que a alma se abra, que o corpo, seja poesia.

“Será que eu realmente
gostava de você ou da ideia
de estar gostando de você?” Os sinais que o seu corpo te dá
“Um minuto de silêncio
por todos os minutos que eu fiquei em silêncio
achando que o que eu iria falar era besteira.” Onde foi parar a amizade que eu cultivei aqui?
“Quando você tentou me calar
e tirou de mim as palavras,
meu corpo virou poesia.
Minhas curvas mudaram.
Hoje sou versos e estrofes,
cicatrizes e histórias,
de uma arte que você nunca
realmente conseguiu entender.” Semente
“O mundo me inspira
mas também tira um pouco de mim.
E eu preciso de tempo
para me achar de novo toda vez.” INFP
Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

virei poesia através de cada estrofe de ‘meu corpo virou poesia’, livro de estreia de Bruna Vieira como poeta, lançado neste ano de 2021 pela Editora Seguinte.

deleite é uma boa palavra para descrever a leitura de meu corpo virou poesia. é como aquele sol gostoso de fim de tarde que dá aquela sensação boa de dia vivido, é, ao mesmo tempo, acalento, aquele abraço que a gente recebe da irmã e da gente mesma. é sinceridade conversada em suas quatro partes: cabeça, garganta, pulmão e ventre.

Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

como todo livro de poesias que já passou por minhas mãos e sentidos, tem sempre aquela poesia que faz a conversa ser mais íntima, algumas que fazem o mundo parecer dizer ei, eu entendo você. e várias e várias vezes, vi meu mundo refletido no mundo de Bruna, vi os percalços da minha vida ali, diferentes, mas ao mesmo tempo, tão próximos. essa é, para mim, a melhor parte de ler poesia. a gente sente os sentires do outro como se fosse nosso, porque sabe que do outro lado da página, teve sentimento sentido. porque sabe que tudo que a gente é, reverbera no mundo, ao nosso redor. porque sabe que nossa história é única e, ainda assim, um eco de tudo ao nosso redor.

uma leitura para ser lida, apreciada, sentida. deixe seu corpo virar poesia também.

“A corda vai mais longe quando você tira todos os nós.
Sem nós,
eu
finalmente
me alcancei.” Nós
“Quantas vezes você
já foi arquiteto da
sua própria gaiola?”
“E lembre-se: quem é rígido quebra. Quem é macio se acolhe.” Mulher
“Em dias de ventania como hoje,
como é difícil não querer fazer o outro sangrar
por algo que dói onde eu ainda não alcanço.” Desculpa
Resenha do livro de poesia de Bruna Vieira: meu corpo virou poesia, publicado pela Editora Seguinte, em 2021.

Aleatoriedades

meu corpo virou poesia foi recebido do Time de Leitores da Companhia das Letras.

Para quem quiser experimentar mais poesias contemporâneas as dicas são: Maio da Bárbara Mançanares | Cumulonimbus da Camila Quintanilha | Versos Espalhados da Milena Chagas.

“O ponto-final
é sempre
seu.” Ponto-Final
Retipatia
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  • Angela Cunha

    As dores de Bruna se transformando em cores de sobrevivência e esperança! Este seria facilmente um post que não precisaria de letras, apenas de sentimentos e há tantos que a gente se perde em meio deles.
    Que coisa mais linda esse sentir!!!!
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na flor

    responder