A vida tem dessas coisas, ou toca um lado ou toca o outro. Em alguns momentos nos lembramos que é impossível tocar os dois lados da mesma fita e, assim, seguir num meio termo.
É como aquela pergunta corriqueira que a todos respondem afirmativamente, independente do estado de espírito, já tocando tudo no automático: ‘E aí, tudo bem?‘ ‘Tudo e contigo?‘ ‘Bem também.‘ E a música continua a soar do Lado A, enquanto você fica imaginando o Lado B. E, quando finalmente chega do Lado B, é impossível não pensar nas melodias do Lado A.
E aí dá vontade de dar stop, não, stop é muito definitivo, pára tudo. Um pause, quem sabe, mais suave, ver se o som sai melhor quando voltar a tocar.
Mas daí, já que o maquinário não é novo, tudo desanda. A fita começa a mascar e é preciso não apenas dar stop. Abre-se a gaveta, retira o amontoado de fita descarrilado e, com a ajuda da amiga de longa data caneta Bic, vai girando, girando, girando… com cuidado, pra não amassar – mais – a fita mastigada.
Dá aquele sopro pra tirar o pó das engrenagens do toca fitas e encaixa ela lá. Espera, estava do Lado A ou B? Ah, coloca de qualquer lado, o que tocar, tocou. Porque, no fim das contas, ninguém se importa de verdade ou se compadece das ranhuras, pulos, mastigados e falhas.
A cassete já está tão ultrapassada quanto o tocador.
Fazia tempos que não apareciam contos por aqui, deu saudade, então veio esse, que foi postado originalmente no ig do blog (quem não segue, tá aí a chance, é só clicar aqui) e achei que merecia dar as caras por aqui… um pequeno pause no ritmo da melodia de resenhas…
Que a Força esteja com vocês!
xoxo
Luana Souza
O post já começa encantador pela foto de capa. Faz tempo mesmo que não leio um conto seu, moça! Esse ficou tão pequeno, mas tão bonito e singelo que é impossível não ficar procurando significados. Acho que esse tipo de objeto, como é o caso da fita, sempre carrega alguma história. Tenho duas fitas bem velhinhas aqui, e gosto de ficar olhando, imaginando por que mãos elas passaram, quantos sorrisos arrancaram! Isso de “trocar os lados” pode se aplicar a tantas coisas da nossa vida *-*
Parabéns pelo texto, Rê. <3 <3
Retipatia
Oi Luh!
Own essa fotinho tá do jeitinho que adoro fazer! ehehe Já tinha um tempinho que eu não postava textos meus por aqui e, mesmo esse tendo sido feito para o IG, achei que ficaria legal ter um post para ele também! <3
Eu tenho umas fitas sobreviventes aqui em casa e guardo com carinho, adoro a nostalgia e tudo mais que trazem, eu usava demais K7! <3
Obrigada pela visita, linda! <3
xoxo
Juliana Sales
Que texto gostoso de se ler. Achei essa coisa das fitas, lado A/lado B tão nostálgica, me trouxe um monte de lembranças. Vou levar essa frase aqui para refletir a semana inteira: “E a música continua a soar do Lado A, enquanto você fica imaginando o Lado B. E, quando finalmente chega do Lado B, é impossível não pensar nas melodias do Lado A.”
Acho que é a primeira vez que leio um texto autoral seu, estou mais acostumada a encontrar as resenhas. Gostei bastante, poste mais sempre que der.
Retipatia
Oi Juliana!
Ah que bom saber que gostou da leitura! <3 Eu também me sinto toda nostálgica com essas K7... ehehe Os textos estavam um pouco escassos por aqui mesmo, as resenhas dominando o pedaço... ehehe Mas aos poucos eles voltam a aparecer com certeza! <3
Obrigada pela visita! <3
xoxo
Claudia
Ah, que delícia de conto, Renata!
Uma pausa às vezes é muito necessária…pode ser suave, ou nem tanto, mas pode ser um belo respiro
Sou da época das fitas cassetes…rs
Linda foto e ótima reflexão.
Vou esperar novos contos por aqui
Bjks mil
Retipatia
Oi Claudia!
Ah obrigada! Também acho que pausas fazem parte e fazem bem! Sempre necessárias! Eu também usei muito as K7’s eheheh <3 Feliz que tenha gostado do texto e da foto! <3
Obrigada pela visita!
xoxo
Cilene
Li esse seu post e lembrei de uma colega de trabalho que sempre diz para as pessoas que não me conhecem bem e me fazem uma pergunta e quando respondo a pessoa muitas vezes fica me olhando, assim meio sem ação, pois raramente dou uma resposta lado A ou lado B…rs
E essa colega diz justamente isso, cuidado com as perguntas pra Cilene, pois ela sempre responde C quando esperamos por A ou B…hahaha.
Beijos
Retipatia
Oi Cilene!
ahaha É bom sair dos parâmetros, né?! Não precisa se prender aos lados, de toda forma! <3 ahaha Tu já criou seu próprio lado C, que começa, inclusive, com a letra do seu nome! ehehe <3
Obrigada pela visita!
xoxo
Lunna
Boa noite, carissima… os últimos dias foram insanos e só agora estou conseguindo visitar os blogues. Bem, viajei por aqui ao pensar nas velhas fitas K7s. Tive algumas, a maioria eu mesmo gravava ao ouvir rádios. Sempre as minhas favoritas. Rock em sua maioria. Mas nunca fui de pensar o lado A ou B de fitas até porque o meu toca fitas não precisava virar, tocava os dois lados em sequencia. Mas eu me irritava por não poder ouvir milhares de vezes a mesma música até porque voltar a música algumas vezes poderia causar danos a dita cuja. rs
Odiava mesmo quando enroscava e o único jeito de resolver era quebrar a fita e operar remendos. Nem sempre ficavam bons. Mas era o que dava para fazer. rs
Olha, quanto ao seu texto, me pareceu uma crônica e não um conto. Deve ser porque e um dos meus gêneros literários favoritos. rs
bacio
Retipatia
Oi Lunna… e boa noite!
Preciso começar dizendo que era exatamente a mesmíssima coisa que eu fazia, passava o dia esperando as músicas tocarem na rádio para que eu pudesse gravar as favoritas até gravar tudo. No fim das contas os pedaços das propagandas e as falas dos radialistas já faziam parte da música de tanto que eu ouvia… rsrsrs E quando as fitas mastigavam era assim mesmo, aquele pequeno caos… ahahah
Agora, sobre conto ou crônica. Sim, crônica. A falha foi minha, não tinha averiguado a diferenciação e foi no embalo… ahaha Mas permanecerá na categoria Conto, porque creio só ter ela de crônica por aqui… rsrs quem sabe vira algo recorrente e ganha categoria própria… pensarei a respeito… rsrs
Obrigada pela visita! <3
xoxo
Luly Lage
Benditos e malditos sejam esses lados A e B, né? Que a gente não consegue juntar… Ah, que vontade de pegar algumas músicas do lado A e jogar no lado B, mas não dá… Porque senão seriam tantas faixas apagadas, que mesmo que sejam aquelas chatinhas que dá vontade de pular, fazem parte da fita. O jeito é ir ouvindo o que vir e curtir quando puder.
Mas que dá vontade, dá!
Retipatia
Oi Luly!
Exatamente! Sendo redundante, sempre tem o lado bom e o lado ruim, sem dúvidas! ehehe A vontade é sempre de dar aquele recorte, mas a gente tem que aprender que não dá pra ter tudo ou reescrever o passado e sempre o estado atual – ainda que inconformado – só foi alcançado por tudo que está nesses dois lados paralelos. Vontade a gente tem de sobra nessa vida, sem dúvidas!
Obrigada pela visita! <3
xoxo
Luiza Santos
Amei!!!
Excelente artigo!
Sempre com artigos excelentes, com bastante informações e dicas extraordinárias.
Parabéns!
Kimberly Kelly
Que foto linda e fofa! <3
Como sempre seus textos tocam lá no profundo.
Parabéns, Rê!
Beijinhos, Kim.
Retipatia
Oi Kim!!!
Ah obrigada, linda! Feliz que tenha gostado da foto e do texto! <3 <3 <3
Obrigada pela visita!
xoxo
Fernanda Akemi Pedotte
Oie!!
Que post mais lindo!! A começar pela foto!
Fiquei encantada com o texto e tão nostálgica. Eu recordei tempos antigos e deu uma saudade.
Gostei muito e quero ver mais textos seus por aqui!! Parabéns!!!
bjs
Fernanda
Retipatia
Oi Fê!
Ahhh obrigada, feliz demais que tenha gostado da foto e da foto! A nostalgia é a melhor coisa né! <3
Vou manter os textos por aqui sempre agora! <3
Obrigada pela visita!
xoxo
Patricia Monteiro
Renata, que bacana esse conto autoral, adorei essa analogia das fitas com a vida. Há momentos lado A e lado B em todos nós não é mesmo? A escolha do tema foi perfeita, me deu muita nostalgia, que saudade de tudo. A foto é de uma delicadeza ímpar, me fez viajar no tempo.
Retipatia
Oi Patrícia!
Com certeza temos nossos momentos dos dois lados da fita! ahahah Feliz que tenha gostado do tema e da nostalgia que o texto conseguiu trazer! <3
Obrigada pela visita!!! <3
xoxo
Mariana Ferrari
Oi Rê! Fazia tempo que não lia um texto seu, mas olha, que TEXTO! Confesso que me deixou um pouco nostálgica e pensativa, Parabéns pela escrita: tão simples, mas tão complexa ao mesmo tempo. Tão curta, mas tão pesada. Amei a foto também. Ficou maravilhosa…
Eu vivo sempre do lado A pensando no meu lado B. E tem hora que a fita enrosca e tem que parar tudo pra ver se dá pra desenroscar…
Amei o seu texto! <3
Retipatia
Oi Mari!
Ahhh menina, que baita elogio! Feliz demais que tenha gostado do texto (e da foto de quebra!)! <3 Bora arrumar uma caneta BIC pra desenroscar sua fita quando precisar! ehehe
Obrigada pelo carinho e pela visita! <3
xoxo
Mari de Castro
Oi Rê, nossa como curti esse seu post a foto foi a primeira coisa que me chamou a atenção por conta das fitas cassete, pois de cara passou um filme na cabeça lembrei dos tempos antigos e das últimas fitas que me desfiz, bateu saudade pois vez ou outra me pego lembrando das músicas que eu mais gostava de ouvir na fita cassete, e das horas que ficava esperando a música tocar na rádio para apertar aqueles botões juntos e gravar minhas canções preferidas, tempo bacana que ensinou nossa geração a criar espaço entre as conquistas das coisas que tanto queríamos rsrs. Hoje é só baixar a música e pronto o que também é maravilhoso cada tempo a sua vivência. Amei seu conto bjs!
Retipatia
Oi Mari!
Ah que amor! Essas fitas são mesmo nostálgicas, essas são das poucas que restaram na minha casa e eu também vivia gravando músicas na rádio, esperava tocar a que queria, gravava e grava várias vezes por cima e ainda ficava furiosa quando falavam algo no meio da música ou cortavam muito antes de acabar… ahahah São realmente outros tempos e as gerações veem bem distintamente o modo do passar do tempo e da espera!
Obrigada pela visita!
xoxo
Kimberly Camfield
Oi Rê! Que saudade que eu tava dos seus contos lindos! Sobre a foto, nem preciso dizer: tá linda demais<3
Agora, sobre o conto, ele encanta logo nas primeiras linhas e me faz pensar tantas coisa em tão poucas linhas. A verdade é que eu não sei mais nem em qual lado da fita eu tô, se é no A, no B, parada no meio, ou em lado nenhum mesmo. Às vezes acho que tô alterando e trocando as fitas e os lados o tempo todo, só tentando encontrar um que se adapte ao meu ritmo :p
Beijão!
Retipatia
Oi Kim!
Ah saudade de você também, minha linda! <3 Feliz que gostou da foto!
Esse lance do lado da fita é mesmo complicado... ehehe Eu mesma cada vez que penso nesse texto viajo um pouco mais nas ideias e penso que lado é que estou, se troquei, ou se o som que está com defeito... rsrsrs O importante, como você disse, é seguir nosso próprio ritmo! <3
Obrigada pela visita! <3
xoxo
Tatiane de Araújo silva
Seu conto me trouxe um ar de nostalgia, de relembrar a adolescência , escutando fitas ou tentando gravar aquela música preferida da rádio , (aquele momento que ao descrever um fato, você denuncia sua idade). Quem nunca, teve na vida ,um momento que a sua fita foi mastigada e mesmo girando com a bic, com todo cuidado, ainda podemos ver as marcas que ficaram.
Tatiane de Araújo silva
Esse seu conto me trouxe um gostinho de nostalgia , de quando ouvia fitas , e ficava esperando tocar sua musica favorita na radio para poder gravar, rezando para não entrar nenhuma vinheta. ( aquele momento que vc entrega sua idade já que isso faz tempo), e quem nunca na vida teve seus momentos que a fita mastiga e mesmo girando com cuidado , percebemos que a fita ainda assim ficou marcada.
Retipatia
Oi Tatiane!
Ah eu adoro essa ideia nostálgica das fitas K7, eu também gravei muita música da rádio e ficava esperando a hora que tocava as favoritas pra gravar… ahahah (Nem vou entrar no mérito da idade, melhor ahaha). A vida é bem mesmo igual à fita, ela sempre fica com a marca depois de gravar, não volta à estaca zero. 🙂
Obrigada pela visita!
xoxo
Rê
Andreia Oliveira
Amei, amei, a vida é mesmo assim né, não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo, mas tentamos e nem sempre dá certo, nem sempre sai como esperamos, é aí que tentamos mudar de lado, mudar os planos, como os lados da fita, só não podemos deixar de toca-lá.
Retipatia
Oi Andreia!
Ah feliz que tenha gostado! <3 O importante é não deixar a música parar, por mais difícil que possa ser vez por outra! 🙂
Obrigada pela visita!
xoxo
Rê