Conto, crônica ou sei lá o quê do amor em tempos de pandemia
Sabe-se-lá o que se passa na cabeça de todo mundo, mas sempre me pego pensando.
O amor ficou diferente? Nem falo das neuras que surgem na cabeça por culpa do caos que a gente vive e, às vezes, se auto-impõe.
Falo da distância que tem quilômetros para alguns e milhas para outros. Falo de saber que o cara a cara tá difícil, que o dengo no fim do dia tem que ficar pra depois.
Que o aperto da casa pode fazer as quatro paredes apertadas demais, ou aconchegantes. Depende de quem ama. E de quem é amado.
E acho que depende também de quem faz casa com a gente.
Às vezes, amar parece bicho de sete cabeças, porque para falar a verdade, se você começar a enumerar cada história que já ouviu falar e cada livro que tem um pingo de relacionamento que seja, a única certeza é a de que existem tantos amores quanto estrelas no céu. E, se não tô engada, acho que tem mais estrelas no céu do que gente na Terra.
Dá para amar cada um de um jeito e ser tudo bom e gostoso. Mas tô falando é de amor, amor mesmo. Qualquer coisa que tire o prumo da balança, pode saber, tem algo errado.
Dito isso, nossa, que colocação mais certinha. Quem fica falando “dito isso” nessa vida? Mas então, agora que já expliquei, posso voltar a seguir meu caminho.
Ficou o amor diferente? Sei lá, ficou e não ficou, né!?
Ficou do lado de dentro apertado-confuso-abafado querendo sair e explodir e tem que se contentar com os filmes água com açúcar da Netflix. Ou da Amazon né. Nem vou falar de playlist melosa-sofrência porque o coração já tá balançado.
Mas também não ficou porque zelo a gente tem seja de longe seja de perto. E quando tem amô pra dar e vender e receber, tem amor pra ser, sentir, fazer. E pra esperar também.
Porque a gente não quer nosso amor doente. Não quer a gente doente. Nem mais ninguém doente.
E não quer morrer de amor, tampouco. Então vive das mensagens, ligações e sinais de fumaça. Da lembrança que martela na alma que nem quando a gente bate o dedinho do pé na quina do armário. É, acontece.
Mas a gente sabe que passa.
A dor, não o amor.
E de amor, já falei, a gente tem tanta forma de amor que dá pra viver dez vidas e amar sempre diferente. Amar melhor.
Amar o outro, outra, outre, outrx. A si.
Pode ser só um dia no calendário que inventaram pra ganhar dinheiro, mas a gente se apega fácil com as coisas e precisa lembrar que o importante é ter amor. E dar amor.
Se tem isso, tá tudo certo, seja para quem for.
E feliz dia dos amô para todas as estrelas do céu, e todas as formas de amar que elas representam. Feliz dia pro seu amô e pro meu.
E eu, eu fico por aqui.
xoxo
Retipatia
Para ler mais textos e devaneios tipo esse conto amor em tempos de pandemia, (ou será crônica?) aqui no blog, é só acessar: Textos & Contos & Crônicas. Se quiser viajar um pouquinho mais, tem histórias de longos devaneios no Wattpad.
Foto de Shamia Casiano no Pexels.
@milenenas
Que lindo ❤️
E como você disse, o importante é ter amor e dar amor. Seja de pertinho ou de longe, quem tem amor, tem tudo.
Feliz dia do amô pra todos os amores.
Meu ig: @milenenas
@milenaolis
Ah Rê, que coisa mais linda! Às vezes parece que tudo está perdido, essa distância torna tudo tão complicado. Mas quando o amor transborda, esperar, cuidar de longe é só mais uma tarefa. Que lindo Re, de coração!!!
Vazio Na Flor
A gente só precisa de amor. E não falo só da parte de sentir o outro não,mas também de estar no lugar do outro. Amor de mãe, de irmão, de amigo, de amor. Amor…tendo ele em nós, os dias passam. Tudo passa(até a uva) mas sem amor,nada acontece.
Que vivamos com amor. Uns dias mais, outros dias menos, mas sempre com amor!!!!
Amei!rs
Beijo e muito amor pra você!!!
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Livrosdeumafisica
O amor é algo tão complexo de se falar. Acredito que as formas de amor vem mudando. Assim como as pessoas mudam, o amor vai mudando. As fronteiras vão se alargando e o amor vai se modificando. Amar sempre será algo único e que temos sempre que aprender mais sobre.
Adaiane pereira
Que fofo, falar de amor é falar de tudo ,pq o amor está em todos os lugares, mas só sabe disso quem ama ou quem é amado.
@adaianepsl
Evelin Danieli
Com esse isolamento as vezes fica realmente difícil de demostrar o amor, mas depois disso iremos poder dar um abraço em quem amamos. Existe vários tipos de amor como de mãe, pai, amizade e etc. Mas acho que não precisa realmente de contato físico para demostrar o amor, isso pode vir até mesmo de um olhar. Adorei o texto, até né emocionei.
@evelindanieli357
Mayara da Silva Esteves
Que coisa mais linda Rê, aqueceu meu coraçãozinho que anda dolorido! Quando você lançar um livro quero estar na fila da primeira sessão de autógrafos, rs. Eu espero que depois que essa temporada de distanciamento tenha servido para as pessoas repensarem sobre seus sentimentos e suas atitudes para com os outros. ❤️