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À Beira da Eternidade ♥ Melissa E. Hurst

Resenha do livro À Beira da Eternidade de Melissa E. Hurst, publicado pela Galera Record.

Na resenha de hoje vamos viajar pelo tempo com Alora e Bridger em À Beira da Eternidade da autora Melissa E. Hurst, publicado em 2019 e recebido em parceria com a Galera Record. O título possui continuação, mas ainda sem previsão de lançamento no Brasil.

À Beira da Eternidade (The Edge of Forever)
Melissa E. Hurst
Tradução Glenda D’Oliveira
2019 / 321 páginas
Galera Record
Disponível em Amazon
“Não importa o que testemunhem hoje, não façam nada para intervir. A linha do tempo é sagrada.”
Resenha do livro À Beira da Eternidade de Melissa E. Hurst, publicado pela Galera Record.

Sobre Melissa E. Hurst

Melissa E. Hurst sonha em viajar o mundo e talvez encontrar Atlantis algum dia. Você normalmente pode encontrá-la com um livro em uma das mãos e um Dr. Pepper na outra. Ou comendo muito chocolate. Melissa mora no sul dos Estados Unidos com o marido e três filhos.

Sinopse

2013. Os apagões de Alora Walker estão se tornando cada vez mais frequentes. Toda vez ela acorda em um lugar diferente, e não tem ideia de como chegou lá. A única certeza? Ela está sendo seguida.

2146. Bridger Creed é uma das poucas pessoas que conseguem voltar ao passado. Durante uma viagem no tempo de rotina com sua turma, ele vê a última pessoa que esperava encontrar: seu pai, que morreu há poucos meses. A parte mais estranha é que, segundo o Departamento de Assuntos Temporais, ele nunca recebeu qualquer missão para aquele ano.

As coisas ficam ainda mais esquisitas quando Bridger descobre que o pai estava lá para quebrar a regra mais importante da viagem no tempo: impedir o assassinato de uma pessoa. Uma garota chamada Alora.

Determinado a descobrir o motivo para seu pai querer impedir a morte de Alora, Bridger parte em uma aventura ilegal para 2013. Tudo isso antes que o DAT o encontre. Se Bridger conseguir impedir a morte da Alora sem alterar a linha do tempo, quem sabe ele não consegue salvar o pai também?

Resenha do livro À Beira da Eternidade de Melissa E. Hurst, publicado pela Galera Record.

À Beira da Eternidade

“Agora, sinto como se estivesse à beira de um abismo sem fim, esperando para despencar para a eternidade. Não consigo me mover. Não consigo respirar.”

Alguma vez você já parou e pensou em como seria se pudéssemos fazer viagens no tempo? E se isso fosse possível, para onde e quando você iria? Tentaria consertar ou mudar algo do passado?

Bridger Creed, Manipulador do Tempo, Nova Denver, ano 2146. As viagens no tempo fazem parte de sua rotina como cadete na Academia de Viagens no Tempo e Pesquisa. A missão atual, importante para que Bridger avance para o próximo nível na academia, um salto para o ano de 2076, com o objetivo estrito de observar e registrar o acontecimento, uma vez que nenhuma interferência no passado é permitida. Os registros dos cadetes são feitos para a Rede História Viva, uma maneira de reviver um determinado período histórico como se você estivesse lá, presente, uma sensação autêntica.

O cadete precisa estar inteiramente focado sua missão, contudo, a perda recente do pai tem tirado o sono de Bridger e pode ser que isto atrapalhe um pouco neste novo salto.

“Sou instantaneamente engolido pelo Vácuo. É como se estivesse em um quarto escuro como breu, envolto em silêncio. Aperto os olhos e prendo a respiração. Meu peito se comprime e os pulmões contraem. Quero desesperadamente respirar, mas não há ar. Quero tocar em algo – qualquer coisa -, mas não posso. Não dá para sentir nada quando se está transitando no tempo. É como se eu estivesse só. Como se fosse a única pessoa no universo.”

São vários cadetes, 18 no total, separados em três grupos, cada grupo com o dever de filmar o acontecimento a partir de um ponto de vista, e o grupo de Bridger o fará do meio da multidão. Cada cadete trabalha em dupla, e a namorada de Bridger, Vika Fairbanks, é quem lhe acompanha. Tudo ocorria conforme o esperado, até que Bridger consegue perceber a presença de outro manipulador do tempo, o que não seria um problema, é bastante comum manipuladores de tempo em um mesmo local, com missões distintas, a regra é clara, eles não devem interagir entre si.

Um vislumbre por baixo do manto que os encobre e Bridger percebe que o outro manipulador é seu pai. Uma mensagem e ele some em meio a multidão. Como assim “Salve Alora“? Bridger fica ainda mais perdido do que nunca. Mas agora ele não tempo para isso, algo aconteceu, algo que não deveria acontecer.

Alora Walker, 16 anos, Willow Creek, ano 2013. Desde os 6 anos de idade Alora mora com sua tia Grace e a única coisa que se lembra de sua família, ou melhor, de seu pai, é o fato de que ele a deixou com sua tia e nunca mais voltou. Pelo menos foi o que a própria tia Grace lhe contou. Fragmentos de um passado é tudo o que Alora tem em sua memória, ela não consegue se lembrar sequer do rosto de sua mãe, e tia Grace não ajuda muito, já que prefere não tocar no assunto.

“Tenho algumas lembranças nebulosas de antes disso, mas não muitas. Vislumbres em que apareço correndo em uma área arborizada. O cheiro de lavanda de quando mamãe me colocava na cama à noite. Pequenos detalhes que não me dizem coisa alguma.”

A vida de Alora não é muito agitada, escola, sair com Sela, sua melhor amiga, falar sobre garotos, estudar para as provas… O único problema é que ultimamente Alora tem tido apagões e toda vez que isso acontece, ela acaba acordando em um lugar totalmente diferente de onde ela se lembrava estar.

À Beira da Eternidade desenvolve a trama alternando seus capítulos entre Bridger e Alora. A cada capítulo você descobre um pouco mais sobre cada um deles. O fato de o livro possuir dois protagonistas não atrapalha em nada o seu desenrolar, é possível acompanhar sem se perder, e ainda se sentir cada hora na pele de um deles.

Bridger e suas viagens no tempo, Alora e seus apagões, a medida que a história se desenrola você fica mais e mais curioso para saber a verdade por trás de tudo que os envolve. Não vou me estender na história senão acabo contado o desfecho do livro.

Melissa E. Hurst conseguiu me prender mais e mais a cada capítulo lido. Sabe quando você não consegue parar de ler, ou se não está lendo, tudo que faz é pensar em voltar para o livro, e ainda fica tentando adivinhar o que vem a seguir, o acontecerá depois? Pois então, foi assim que me senti ao ler À Beira da Eternidade.

Eu gosto de sempre ler a sinopse de um livro, assim já tenho uma ideia se o livro irá me agradar ou não. Respeitos os leitores que não gostam de ler viu Retipatia, mas é se arriscar demais em livros que não valem a pena.

Adorei a leitura, fácil, rápida, sem enrolações. A trama se desenvolve de uma forma envolvente, daquelas que te faz ansiar pelo final.

Falando em final, fiquei um pouco revoltada ao descobrir que a história como um todo não termina nas últimas páginas de À Beira da Eternidade. Apesar de a questão principal se resolver, o livro deixa aquele gostinho de quero mais, o que acontece agora?

Sendo assim, pesquisei e descobri que existe a continuação, ainda sem tradução para o português, On Through the Never. Considerando que o primeiro livro é de 2015 e que ele foi lançado aqui no Brasil em 2019 pelo Grupo Editorial Record, ainda tenho esperanças de que eles façam o mesmo com o segundo livro da autora, que é de 2017. Se isto não acontecer terei de partir para a leitura em inglês, afinal, eu preciso saber o que o destino reserva para Bridger e Alora.

“São criminosos. Aqueles cujas ações passadas não podem ser perdoadas aos olhos da Federação Norte-Americana. Suas mentes foram completamente esvaziadas. São agora drones descerebrados. Pouco mais que escravos para o governo.”

O livro é uma mistura de ficção científica com viagens no tempo, romance, mistério, drama e aventura. Para quem é fã desses gêneros juntos e misturados, se joga, porque eu super recomendo a leitura!

Fetipatia
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  • Vazio Na Flor

    Melissa!!!rs Me lembro de que estes dias vi e li parte dessa resenha no Ig e amei, não somente as fotos que nunca irei de cansar de elogiar, mas também o livro que é super desejado por mim, mesmo que isso de viagens no tempo, não seja algo que eu entenda tanto.
    Espero ter a oportunidade de ter e ler em breve!!!
    Beijo

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