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A Trança ♥ Laetitia Colombani

Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Três mechas se entrelaçando para formar A Trança. Tecida no mundo entre as vidas de três mulheres, de diferentes pontos do globo, numa trama bem transada, envolvente, íntima e acalentadora, Laetitia Colombani nos segura pela mão enquanto entrelaça vidas, futuros e destinos. É impossível não se atrelar a cada linha, desejando mais e mais o desenlace, ou quem sabe, o arremate final para unir as pontas da Trança.

A Trança (La Tresse)
Laetitia Colombani
Tradução Dorothée de Bruchard
Intrínseca | 2021 | 208p.
Disponível em Amazon
“Trança (definição): Junção de três mechas, de três fios entrelaçados.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Sobre Laetitia Colombani

Laetitia Colombani é cineasta, roteirista e atriz. A trança é seu livro de estreia e se transformou em um fenômeno editorial na França, onde vendeu mais de 1,4 milhão de exemplares, e emocionou leitores de mais de 30 países. O livro está sendo adaptado para o cinema.

Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Sinopse de A Trança

Smita é uma intocável, membro da casta mais inferior da Índia. Seu grande sonho é ver a filha escapar da condição miserável em que vivem e ter acesso à educação formal. Na Sicília, Giulia trabalha como ajudante na oficina do pai. Mas, quando ele sofre um acidente e ela precisa assumir o comando, logo percebe que o negócio está à beira da ruína.

No Canadá, Sarah é uma advogada renomada. Quando está prestes a ser promovida a chefe no escritório em que trabalha, descobre estar gravemente doente.

Sem saber que estão conectadas por suas questões mais íntimas, Smita, Giulia e Sarah recusam o destino que lhes está reservado e decidem lutar contra ele. Vibrantes, suas histórias remontam a uma imensa gama de emoções muito familiares e que, por isso, tecem uma trama que fala sobre dois aspectos essenciais de nossas vidas: esperança e solidariedade.

A Trança

É difícil mostrar o entrelaçar de A Trança, sem entregar demais. As mechas começam a ser separadas logo de cara, um capítulo para cada canto: primeiro Uttar Pradesh, na Índia, depois Sicília, na Itália e então, Montreal, no Canadá. Separadas, seguem intercalando umas às outras, são elas Smita, Giulia e Sarah.

“A ordem das coisas deve ser aceita como uma sanção divina. Assim é que é: a eternidade precisa ser merecida.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Na Índia, conheceremos Smita, sua filha Lalita e seu marido Nagarajan. São dalit, o povo que recebe seu ofício, ou seu karma, na verdade, de geração para geração. Nagarajan é caçador de ratos, seu pagamento é poder ficar com os animais que abate para alimentar sua família. Smita, tem uma das funções mais humilhantes, é ela quem recolhe a merda dos buracos feitos de banheiro pelas famílias da alta casta, com as próprias mãos, sem proteção alguma. Seu pagamento são sobras de comida e, às vezes, roupas velhas que lhe são jogadas no chão pelos jats. O ponto de virada é que Smita não quer passar seu karma para sua filha, não quer que ela seja uma intocável, alguém inferior. Quer que ela estude, seja alguém. E é a partir daí que sua jornada começa.

“Esse cesto é o seu calvário. Uma maldição. Uma punição. Ela deve ter feito algo em uma vida anterior que precisa pagar, expiar, afinal essa vida não é mais importante que as anteriores, nem que as seguintes, é apenas uma vida em meio às outras, dizia sua mãe. E assim é. Essa é a sua.”
“É o seu darma, seu dever, seu lugar no mundo. Um ofício transmitido de mãe para filha, há muitas gerações. Scavenger, termo que em inglês significa: recolhedor. Uma palavras pudica para designar uma realidade que não o é. Não há palavra que descreva o que Smita faz. Ela cata a merda dos outros com as mãos nuas, o dia inteiro.”
“Não basta ela ser intocável, deve ser invisível. Como salário, recebe sobras de comida, vez ou outra uma roupa velha, que jogam no chão para ela. Não tocar, não olhar.”
“Dalits como Nagarajan não recebem salário, têm apenas o direito de ficar com o que apanham. É uma espécie de privilégio: os ratos são propriedade dos jats, como são as lavouras e tudo o que há debaixo e em cima delas.”

Na Itália, Giulia ainda vive dias preguiçosos trabalhando no negócio da família, que sobrevive graças à cascatura, o costume siciliano de guardar os cabelos que caem ou são cortados para confeccionar apliques e perucas. Não que ela tenha privilégios, mas além do trabalho, não lhe são exigidas ou demandadas quaisquer obrigações. Isso até seu pai se acidentar, agora Giulia se vê a frente de um negócio que está prestes a falir. E, enquanto esse lado de sua vida é tomado de dor e aflição, ela conhece Kamal, refugiado da Cachemira que agora vive na Sicília, um sopro de frescor em dias tão tempestuosos.

“Aqui, as mulheres compartilham mais que um trabalho. Enquanto suas mãos se movem pelos cabelos a serem tratados, passam o dia falando dos homens, da vida, do amor.”
“Ela tem a impressão, às vezes, de que o tempo aqui dentro parou. Continua passando lá fora, mas entre essas paredes ela se sente protegida. É uma sensação gostosa, confortante, a certeza de uma estranha permanência das coisas.”
“Viúva aos vinte e cinco anos, criou quatro filhos sozinha, se recusando a vida inteira a casar de novo. Quando lhe perguntam por quê, ela responde que preza demais sua liberdade: Uma mulher casada tem que prestar contas, diz ela. Faça o que quiser, cara mia, só não se case.”
“Ela devora livros como outros devoram cannoli.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

No Canadá, Sarah vive no topo e almeja subir ainda mais. Faz parte de um dos escritórios de advocacia mais bem conceituados e conseguiu isso fragmentando sua vida: de um lado ela é mãe, três filhos, teve dois casamentos, de outro, e a poderosa Sarah Cohen, que ninguém sabe da vida pessoal, porque ela está sempre presente, sempre a frente dos outros, sempre impecável. Mas a vida tem dessas de dar uma rasteira quando a gente menos espera e Sarah é diagnosticada com câncer. Fragmentar sua vida em mais um pedaço: o necessário para cuidar da doença sem que as outras partes sucumbam. O detalhe é que isso vai se mostrar muito mais difícil do que ela imagina e as consequências serão sem precedentes na vida de Sarah.

“Seu dia é cronometrado, milimetrado, como as folhas de papel quadriculado que compra todo início de ano letivo para as aulas de matemática das crianças. Bem longe vai o tempo do sossego, do improviso, o tempo de antes do escritório, da maternidade, das responsabilidades.”
“Mãe de família, alta executiva, working-girl, it-girl, wonder woman, esses rótulos todos que as revistas femininas colam em mulheres como ela, e que são como fardos pesando nos seus ombros.”
“Há pouca gente por ali, ela é frequentemente a primeira a chegar, e a última a sair. A esse preço é que se constrói uma carreira, é esse o preço para se tornar Sarah Cohen, associada in equity do prestigioso escritório Johnson e Lockwood, um dos mais bem cotados da cidade.”
“Conhecia bem essa culpa das mães que trabalham, que a assaltara assim que Anna nascera, naquele dia terrível em que precisara deixá-la no colo de uma babá, aos cinco dias de idade, para atender a uma emergência no escritório em que trabalhava. Compreendera rapidamente que, no meio em que estava crescendo, não havia espaço para protelações de mãe chorosa.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Três breves relatos se intercalando e, enquanto torcemos por um futuro melhor para Smita e sua filha, queremos que Giulia consiga recuperar o negócio da família, que Sarah consiga sobreviver ao câncer. Mas, dentro desses macrocosmos, há um infinito. Com Smita, somos levadas à Índia, e, a princípio, parece-nos, sob o olhar ocidental, que estamos a esmiuçar um tempo diferente do nosso. Pessoas vivendo em tais circunstâncias de servidão e escravidão, mulheres que valem menos que o chão em que pisam. Estupro sendo usado em como método de punição, inclusive quando as mulheres não são as infratoras. Viúvas abandonadas à própria sorte porque nada valem sem seus maridos. A divisão de castas que coloca alguns como inferiores, menos que gente. Mas nada disso é novo e, infelizmente, elas vivem hoje, a meio globo de distância e sofrem há gerações.

“Smita queria tanto lhe dizer: alegre-se, você não terá a mesma vida que eu, você vai ter saúde, não vai tossir como eu, vai viver melhor e mais tempo, será respeitada. Não vai levar esse cheiro infame, indelével e maldito grudado no corpo, você será digna. Ninguém vai lhe jogar sobras como a um cachorro. Você nunca mais irá baixar a cabeça ou os olhos. Smita gostaria tanto de dizer tudo isso para ela. Mas não sabe como expressá-lo, como dizer à sua filha suas esperanças, seus sonhos meio malucos, essa borboleta batendo asas na sua barriga. Então, se inclina para ela e diz, simplesmente: Vá.”
“São eles os letrados, os sacerdotes, os iluminados, estão acima de todas as outras castas, no topo da humanidade. Por que implicar com Lalita? Sua filha não representa nenhum perigo para eles, não ameaça seu saber nem sua posição, para que jogá-la assim de volta para a imundície? Por que não lhe ensinar a ler e escrever como às outras crianças?”
“Varrer a sala significa: você não tem o direito de estar aqui. Você é uma dalit, uma scavenger, e assim há de permanecer, assim há de viver. Há de morrer na merda, como sua mãe e sua avó. Como seus filhos, seus netos, e toda a sua descendência. Não haverá nada além para vocês, intocáveis, escória da humanidade, nada além disso, desse cheiro infame, por séculos e séculos, da merda dos outros, a merda do mundo inteiro para catar.”
“Lalita, se quiser voltar a escola, vai ter que aceitar os maus-tratos. Será este o preço para ela aprender a ler e escrever. É assim no mundo deles, não se sai impunemente de sua casta. Aqui, tudo se paga.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Já com Giulia, vemos o mundo moderno engolir tradições. Pequenos negócios, o trabalho artesanal, a ideia de que é possível ser pequeno e viver. De outro lado, o peso de tradições que não acrescentam, com a possibilidade de um casamento para salvar a casa da família. Ao mesmo tempo, com a inserção de Kamal em sua vida, um mundo novo se desbrava: preconceito, discriminação, a diferença da cor da pele que para ela é bonita e se encaixa tão bem como seus corpos, não é o que as pessoas usualmente veem. Para além disso, há o despertar, virar mulher adulta, assumir responsabilidades, futuros para além do seu. É segurar as rédeas do próprio destino e ver que sim, aquele pedido de ajuda que fizemos aos céus, pode ser atendido, só basta que sejamos capazes de ver a forma como nos foi entregue, nem sempre é o esperado.

“Um pai não morre, um pai é eterno, é um rochedo, um pilar, principalmente o seu.”
“Não se faz amor de dia como se faz de noite, há algo de audacioso, de estranhamente mais brutal no desvendar de um corpo em plena luz.”
“O amor deles é clandestino. É um amor sem documento.”
“Sente-se dividida entre sentimentos extremos, ora abatida, ora exaltada. Como uma equilibrista em cima de um fio, tem a impressão de oscilar ao sabor do vento. Que estranho, repara, a vida às vezes junta os momentos mais sombrios com os mais luminosos.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

E com Sarah vemos uma miríade completamente ocidental: uma workaholic, alguém que deu mais do que deveria ou mais do que deveria ser exigido ao trabalho. Quase uma venda de alma para alcançar o status sonhado e, chegando lá, foi derrubada não por um adversário apenas, ou mesmo pelo câncer, e sim pelo preconceito que subjuga as pessoas e as colocas entre capazes e incapazes. Quando Sarah muda de lado, tudo começa a ruir. E, com isso, sua vida segue ladeira a baixo. Para quê lutar quando se perde tudo pelo qual lutou tanto na vida? As muralhas que mantinham as partes da vida de Sarah separadas começar a se desfazer e ela sente que com elas, também desmorona.

“‘Ninguém é jovem depois dos quarenta’, lembra de ter lido essa frase de Coco Chanel em uma revista, que fechara rapidamente. Não se dera o tempo de ler a continuação: ‘Mas em qualquer idade se pode ser irresistível.'”
“Diminuir o ritmo? De que jeito? Vendendo as crianças no e-bay? Decretando que a partir de hoje ninguém come mais? Comunicando aos meus clientes que está em greve no escritório?”
“É claro que ele não disse essa palavra, é uma palavra que ninguém pronuncia, uma palavra que precisa ser adivinhada por trás das perífrases, do jargão médico despejado em cima dela. Até parece uma palavra maldita, um insulto, um tabu. É disso que se trata, no entanto. Do tamanho de uma tangerina, foi o que ele disse.”
“Qual uma heroína de romance de espionagem, Sarah vai travar uma luta secreta, invisível aos olhos de todos. Um pouco como quem esconde um caso extraconjugal, vai organizar o anonimato da sua doença. Compartimentar sua vida é algo que ela sabe fazer, são anos de prática.”

A maior beleza que encontramos em A Trança é que essa é uma narrativa sobre as mulheres. São elas que compõem os fios desalinhados que vão sendo penteados, desembaraçados, tratados e organizados para que sejam trançados. São elas que dão o tom a cada pedaço da história, que fazem sorrir, sofrer, viver e, especialmente, sentir. Sentir que ser mulher vem com atribuições a mais, que precisa fazer um pouco mais para ser ouvida, compreendida e aceita. Os caminhos que as páginas traçam vão sendo entrelaçados em uma única trança ainda que, não necessariamente, saindo de seus próprios países.

“É assim, quando não se tem mais um marido, não se tem mais nada, suspira. Smita sabe: uma mulher não tem nenhum bem próprio, tudo pertence ao seu esposo. Ao casar, dá para ele tudo o que tem. Ao perdê-lo, deixa de existir.”
“Mas milagres não existem nessa vida. Giulia sabe disso. Eles acontecem na Bíblia, ou nas histórias que ela lia quando criança. Ela deixou de acreditar em contos de fada. O acidente do seu pai a jogou com tudo na idade adulta. Não estava preparada para isso. Estava tão bom se espreguiçar no final da adolescência, como em um banho quente de que não se tem vontade de sair. Pois chegou o tempo da maturidade, e é um tempo cruel. O sonho acabou.”
“Deixou de amá-lo no momento em que ele se negou a lutar. O amor é volátil, pondera, às vezes vai embora do mesmo jeito que veio, em um bater de asas.”
“Doente é o mesmo que: vulnerável, frágil, passível de deixar para lá um dossiê, de não dar tudo de si em um caso, de tirar uma licença longa.
Doente é o mesmo que: não confiável, com quem não dá para contar. E, o pior, pode ir dessa para melhor em um mês, em um ano, quem é que sabe?”
“Repara que a Índia inteira está ali, na beira daquela estrada, em um caos sem nome em que se mesclam indistintamente o antigo e o moderno, o sagrado e o profano, o puro e o impuro.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

A narrativa de Laetitia Colombani é ágil, bonita, íntima e fluida. Tem o condão de te fazer ler um pouco e desejar mais um punhado e mais outro. Até chegar a última página de A Trança e, ainda que ansiasse por passar mais tempo com essas histórias, essas mulheres, lhe chega também o acalento de saber que o trajeto foi concluído, que essa saga pode ter sido só o começo, mas você gosta porque foi um começo perfeito. Foi a base bem consolidada para saber que, dali para a frente, não tem como não terminar o trançar. Os fios estão prontos, acomodados, as vidas no rumo que precisam. Vão seguir mecha a mecha, trançando, até o fim dos tempos, até que suas histórias se encerrem para que surjam novas.

“Se ausentar seria deixar seu lugar, abandona seu território – o jogo é arriscado demais. Precisa aguentar firme, custe o que custar. Levanta-se bravamente, toda manhã, para trabalhar. Não vai deixar que o câncer lhe tire o que ela levou anos para construir. Vai lutar, com unhas e dentes, para preservar seu império.”
“O que é médico não disse, e nem ninguém mencionou, é um efeito ainda mais indesejável que a síndrome mão-pé, mais terrível que as náuseas ou que o nevoeiro cognitivo em que ela às vezes se vê imersa. Esse efeito, para o qual não está preparada, e que nenhuma receita pode tratar, é a exclusão que vai de par com a doença, esse lento e doloroso banimento de que tem sido objeto.”
“Sarah agora sabe: ela é estigmatizada. Compreende que, nessa sociedade que enaltece a juventude e a vitalidade, não há lugar para os fracos e doentes. Ela, que pertencia ao mundo dos poderosos, está agora resvalando, passando para o outro lado.”
“O que ela temia acabou acontecendo: Sarah se transformou no seu câncer. Virou a personificação do seu tumor.”
“Não é ela que está doente, a sociedade inteira é que precisa ser tratada. Essa sociedade que vira as costas para os mais fracos, que deveria proteger e acompanhar, como a manada deixa para trás os velhos elefantes, condenando-os a uma morte solitária.”

Talvez seja pouco dizer que a história de A Trança me arrebatou, me conduziu pelas mãos com intimidade, que conversou comigo de maneiras que somente algumas histórias são capazes. Levarei Smita, Giulia e Sarah comigo para os dias que estão por vir em minha vida. Porque, assim como elas, faço parte da trança que se forma no mundo, que se conecta com desconhecidas, com habilidosas mãos distantes, com preces afoitas, com sentimentos confusos, com anseios de que seja mais, de que podemos mais. Com partes que, seja lá aonde estiverem, cuidam de mim, das minhas irmãs, que são minhas irmãs, trançadas no mundo e unidas por ser quem somos.

“Em um livro para crianças sobre animais, ela um dia leu essa frase: ‘Os carnívoros são úteis para a natureza, pois devoram os fracos e os doentes,’ Sua filha então caíra no choro. Sarah a consolara dizendo que os humanos não obedeciam essa regra. Estava enganada. Julgava estar do lado certo da barreira, em um mundo civilizado. Quanta ingenuidade.”
“Um homem careca pode ser sexy, uma mulher careca será sempre uma doente, pensa ela.”
“Faz bem, às vezes, dizer a si mesma que tudo tem um fim, que o maior dos tormentos pode acabar amanhã.”
“Hoje em dia é preciso pensar grande, ver além das fronteiras, por uma simples questão de sobrevivência! Evoluir ou morrer, não há outra escolha.”
“Na luta pela cura, dizia, não se pode descuidar da autoestima. A imagem que você vê no espelho tem que ser sua aliada, não sua inimiga, concluíra com um ar entendido.”
Resenha do livro A Trança de Laetitia Colombani publicado pela Intrínseca em 2021.

Aleatoriedades

A Trança foi recebido em parceria com a Editora Intrínseca. Preciso destacar que a edição de A Trança é das mais bonitas que da editora, não apenas a paleta de cor é bonita e contrastante, mas além da capa dura, folha de guarda colorida, o recorte em tom caramelo é perolado (não sei se a foto capitou precisamente o brilho e a beleza dele).

As dicas de leitura da vez, para quem gosta desse estilo de histórias tocantes e que se entrelaçam como uma trança, são: Todas as Cores do Céu da Amita Trasi e A Mulher com olhos de fogo de Nawal El Saadawi.

Que a Força esteja com você!

xoxo

Retipatia
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  • Angela Cunha

    Pode brigar a vontade, mas eu nunca vou me cansar de elogiar seu trabalho e carinho conosco. Eu amo, amo muito esse capricho. As velinhas, o ambiente, as cores. Tudo ali, casadinho para trazer um livro que já era muito, mas muito desejado e agora? Vai ser mais desejado ainda.
    Pelas histórias dessas mulheres, pela beleza da edição e por esse aquecer a alma só de olhar para ele!!!
    Você é maravilhosa, obrigada!!!
    Beijo
    Angela Cunha/O Vazio na flor

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