às quartas nós lemos a GLit

receba a newsletter sobre literatura, criatividade e criação de conteúdo gratuitamente no seu e-mail

O que ficou por fazer ♥ Anna Luisa Araujo

Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições

O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, foi, da primeira a última página, sentido. Talvez o texto que venha a seguir não seja exatamente uma resenha, mas um relato de tudo que o livro me fez pensar e sentir e, por essa mesma razão, é um dos mais pessoais que já vieram para o blog.

O que ficou por fazer
Autora Anna Luisa Araujo
Quintal Edições
2018 | 218 páginas
Disponível em Loja Quintal Edições
“As grandes telas coloridas pareciam um tanto excessivas em face de uma decoração tão espartana. Não havia vasos, almofadas ou antiguidades. Ou plantas. Ele, assim como eu, tinha dificuldades para manter as plantas vivas. A diferença é que eu não tinha desistido. Ainda.”
Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições
Sobre Anna Luisa Araujo

Anna Luisa Araujo nasceu em Viena, Áustria, em 1964, filha de um diplomata brasileiro. Morou em Nova Orleans, Costa Rica, Brasília e Nova York antes de se fixar no Rio de Janeiro em 1977. Ela se formou em Comunicação Social na PUC. Faz tradução para dublagem e legendagem. Este é o seu primeiro romance publicado.

Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições
Sinopse de O que ficou por fazer

O que ficou por fazer, finalista do I Prêmio Rio de Literatura na categoria Novo Autor Fluminense, é um relato sensível sobre vidas que, embora pareçam nunca ter se tocado, encontram-se intrincadas de maneira indiscutível. Daniel e Graça, irmãos, e a mãe Dona Carolina relacionam-se com o mundo de modo bastante diverso, mas se constroem a partir de um mesmo processo de solidão: o paradoxo entre o medo de se deixar ver e a insatisfação por não serem vistos. É após a morte de Daniel que a família precisa se reentender e ressignificar. É, ainda, após a sua morte que Daniel se torna, a partir de seus escritos de toda uma vida, uma presença que exige reconhecimento e mudanças.

“Eu preferia ver a pintura já pronta, terminada. Mas ele gostava do processo, de ver as coisas em andamento, no meio do caminho, as idas e vindas, os becos sem saída.”

Anna Luisa Araujo narra, nesse livro, a morte não só como um último momento de desesperança, mas principalmente como uma chamada para uma nova vida, ainda e sempre possível. A descoberta de um olhar interessado – e, muitas vezes, finalmente generoso – para si e para o outro é elemento central dessa narrativa.

Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições
O Que Ficou Por Fazer

Quando comecei a parceria com a Quintal Edições, nesse ano, ninguém colocou o aviso: prepare-se para as leituras mais difíceis, tensas, inteligentes, instigantes, questionadoras e que vão fazer seus sentimentos irem da alegria extrema à tristeza profunda, em instantes. Não, ninguém avisou e, ainda assim, a cada leitura, é um sentimento diferente e intenso que brota. E, com O que ficou por fazer, a leitura não foi diferente.

Graça está prestes a fazer a tarefa mais árdua de toda sua vida, uma que, nem em mil anos seria capaz de imaginar ser necessária: vai ajudar sua mãe, Dona Carolina, a esvaziar o apartamento do seu irmão Daniel. Porque Daniel morreu. Daniel se matou.

“Ele se detém sobre as minúcias, os pequenos rituais de todo dia, cenas que ele observa na rua. Esse olhar detalhista é o mesmo que encontro nos textos. Aos poucos, começa a fazer sentido para mim aquele rapaz quieto que parecia estar observando tudo à sua volta.”

Uma arma na mão, tiro na cabeça. Não há mais Daniel, apenas o que restou dele: um amontoado de fitas, livros, papéis e cadernos num apartamento na cidade do Rio de Janeiro.

Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições

No processo de separa o lixo, a doação, o que quer para você, uma lembrança, acompanhamos Graça, mais do que a separar memórias, a refletir, até a exaustão, o que, o porquê, o como. Quem é o culpado? Ou quem são? Qual foi o ato derradeiro, ou a ação que o fez chegar ao limite? São tantas respostas e, para tentar alcançá-las e manter o que lhe resta de sanidade, Graça começa a montar uma colcha de retalhos, cartas, diários do irmão, fotos dos lugares e pedaços daqueles que passaram por sua vida.

“Como é que vamos deixar a nós mesmos para trás, nossas máscaras, nossos corpos, os muitos truques que usamos para nos esconder de nós mesmos, e sair correndo soltos ao ar livre? A liberdade é o movimento constante, não parar por nada nem ninguém, estar sem amarras. Nenhuma ligação de qualquer tipo. Sem responsabilidade, sem obrigações. Uma longa e ininterrupta planície, coberta por neve profunda. Silêncio. O ar cortante. Estava tudo lá em seu rosto de morto, como a liberdade pode ser solitária. Todos os instantes que vieram antes, aqueles ainda no futuro. Eu estou aqui. Este parece ser o meu lugar. Só não sei direito por quê.”

Nesse movimento de descobre, procura, investiga, tenta imaginar, muito mais lhe será revelado, não apenas sobre a vida de Daniel, mas sobre a de sua mãe, e, especialmente, a sua própria.

Resenha do livro O que ficou por fazer de Anna Luisa Araujo, publicado em 2018 pela Quintal Edições
O Que Ficou Por Fazer?

“Não tenha piedade dos mortos, Harry. Tenha piedade dos vivos e, acima de tudo, dos que vivem sem amor.” (Harry Potter e as Relíquias da Morte – J. K. Rowling – p. 561). Pode parecer loucura – e talvez até seja – começar a falar de um livro, falando de outro. Mas, depois da leitura, a melhor expressão para O Que Ficou Por Fazer é exatamente essa: não ter pena dos mortos, ter pena dos vivos e, especialmente dos que vivem sem amor.

“Eu cumpria minhas obrigações profissionais sem refletir, da mesma maneira que entregava meu dever de casa no prazo certo, apenas porque era isso o que se esperava de mim. Uma vez boa menina, sempre boa menina. É foda.”

A vida é sobre quem fica e, exatamente pela intensa relação que isso pode causar, esta foi, sem dúvidas, a leitura mais difícil que já fiz até hoje. Talvez pela de carga emocional (estabilidade emocional é um luxo de poucos, né?) e, talvez, pela própria história. Por tudo o que ficou por fazer.

A história em si se passa em um curto período de tempo, narrando alguns fatos da vida de Daniel, até reatar tudo o que ficou por fazer, sob o olhar de sua irmã, Graça. A narrativa segue algumas divisões: Reconstituição Um; Parte Um: Destroços; Intermezzo; Parte Dois: Destroços e Reconstituição.

“É essa a pessoa que eu devia ser? Simplesmente ando em frente, trôpego, sem direção, sem maneira de me orientar. Não parece haver caminhos. Só existe o oceano, nenhum sinal de terra. O quanto importa para que lado eu vou?”

As partes chamadas de Reconstituição e Intermezzo são narrativas de Daniel, fragmentos de sua juventude, fase adulta e, especialmente relatos de suas mágoas: das familiares e das várias expectativas que ele criara a respeito do amor, exatamente por ser um sentimento tão dificilmente expresso em suas relações em casa. O pai que abandonou mulher e filhos, seguiu vida nova sem olhar para trás, a mãe que não lhes deixou nada de material faltar, mas não era capaz de criar laços fortes com os filhos. E as muitas e muitas mulheres que Daniel amou, buscando em cada uma delas a perfeição de amor que ele só ouvira falar e ansiava tanto por sentir.

A narrativa que nos apresenta Daniel é limpa, ela nos traz suas sensações, seus medos, suas vitórias e tragédias, mesmo diante da certeza de como tudo iria acabar. É impossível não sentir suas dores: quem nunca se desentendeu com a família? Acreditou que o amor estava à espreita quando o sentimento, na verdade, não era mera ilusão? Quem nunca perdeu alguém?

“Mais e mais eu me pergunto se deveria existir essa coisa chamada destino. Será que era isso que devia me acontecer desde o começo? Sinto como se estivesse numa jangada no meio do oceano, sem remos, sem leme, as correntes me levando cada vez mais longe da terra. E os tubarões em volta, circulando.”

Daniel passou por tudo isso, seguiu caminhos errôneos e acertados e vivia em um mundo próprio, paralelo, não permitindo que ninguém o conhecesse de fato. Há apenas resquícios desse alguém nos diários, nos filmes, no apartamento, nas fotografias, nos fios de lembranças de conhecidos e desconhecidos. Nada que, de fato, nos explique em fórmula matemática, o que o levou a se matar. Nada que aponte um ou outro culpado.

E nessa ausência, que é tudo que resta, nos sentimos como Graça, junto aos destroços, aos pedaços de tudo o que ficou por fazer. Perguntas sem respostas, incompreensíveis, sentimos diversos. Nós nos perdemos com Graça, em cada foto que ela tira, em cada lugar que percorre sabendo que o irmão fez o mesmo trajeto. Sentamos no banco e imaginamos com ela, reconstruímos os pedaços que restaram, uma sombra de quem era Daniel, para perguntar: por quê?

“Não sou mais alguém visitada pela tragédia. Cercada pela massa, sou indistinguível dos outros. Quero ser alguém comum, quero pertencer.”

Mas é um vazio, silencioso, um eco infinito que reverbera sem resposta. Sem despedidas, sem nada além dos detalhes insuficientes de dar acalento, de dizer, vai ficar tudo bem. Sem nada para ajudar a raiva, a dor, a solidão. Sem nada para entender ou, de fato, deixar de entender.

Ainda assim, o momento pede apenas uma coisa: seguir em frente. Com ou sem resoluções, respostas. Com ou sem o cheiro de tinta que vem do quarto de pintura de Dona Carolina, ou os cliques da máquina de Graça. Com ou sem o perdão daqueles que magoamos.

“Meus amigos me dizem que há uma lição a ser aprendida aqui, uma oportunidade. Só consigo enxergar a morte de uma pessoa querida. A vida não é tão bonitinha assim, com lições de moral, recompensas para os mocinhos, punições para os bandidos, consolo para aqueles que sofrem. Esta não é uma novela. Enfim, percebi o quanto gostamos de nos cercar dessas pequenas mentiras. Elas tornam o caos, a confusão, a falta de sentido na vida suportáveis. Nossas ilusões nos sustentam em meio à mediocridade do cotidiano.”

É dando os passos, que parecem pesados com as verdades postas à mesa, que Graça se vê dando um grande gole de ar. Revisitando seu próprio passado, tudo que viveu em comum com o irmão, todos os reflexos do que foi e de quem é, especialmente, de quem quer ser.

Até onde vai o nosso vazio? Até que ponto somos superficiais? Até onde nos deixamos ser moldados pelo que fizeram de nós? Até onde vamos apenas para atender expectativas vãs daqueles que nos cercam? Até onde vamos à procura do amor, da felicidade?

“Ele fazia tudo a quente e eu a frio. A solidão nos marcou da mesma maneira. Como foi que terminamos de maneiras tão diferentes?”

Daniel expressava-se avidamente em palavras escritas tudo aquilo que não conseguia dizer ou mostrar, debulhava-se em apaixonadas cartas de amor, apaixonado pela ideia de amar, dilacerado quando acabava. Dona Carolina expressava-se pelas telas, pela pintura, a arte que sempre pareceu ser o seu maior amor. Graça descobre novamente como expressar-se, com os cliques e a visão pelas lentes. E pergunto, como você se expressa? Como deixa que a maré não te leve, que a carga não pese demais, que algo, ainda que ínfimo, seja a sua pura expressão?

Expressão de quê? De quem realmente é, por debaixo da pele e da carne, debaixo do sorriso e da lágrima. E, ao mesmo tempo, expressar-se pode não ser suficiente, porque não ser ouvido te cala lá dentro, no papel, na foto ou na tela, te faz ter perguntas aparentemente tão simples como de que altura alguém precisa cair, para morrer. Quantos andares? Ou, como Daniel, faz arrumar uma arma, sentar-se e disparar o gatilho.

“Faltava-nos uma preocupação com as pequenas cerimônias da vida.”

O gatilho, aquele ponto que pode não parecer muito para alguns, mas que pode ser a gota d’água para outros. Nada deve ser subestimado, os limites das pessoas são tão variáveis quanto o número delas que existem no mundo. Não se silencie, expresse, deixe ouvir, ainda que não seja o mundo inteiro. Tem sempre alguém para ouvir, para ver, entender, compreender, sentir, sorrir, chorar…

O Que Ficou Por Fazer é uma história muito mais de perguntas que de respostas, muito mais de incertezas que certezas. Tudo o que ficou por fazer não tem resolução alguma, pelo contrário, quer mostrar, como o próprio nome indica, que a perda, inesperada, abrupta, chocante, quando ocorre, é um ponto arrebentado. Um filme que perdeu para sempre a trama com as últimas cenas, não há últimas cenas, nunca haverá.

“Meu irmão desabou também. Sou a pessoa que sempre fui. Sou esse desvio que ele me fez tomar. Quem questiona tudo à minha volta é ele, não eu. Este olhar é dele. Ele o provocou em mim. Faz parte de seu legado, junto com as cartas e livros. Cinzas e papéis. (Essa era a surpresa, que as pessoas não sobreviveram, mas os papéis sim.) Sou minha mãe, sou todas as coisas que nunca tive coragem de lhe dizer.”

O que resta é fazer o que está pendente, acertar as contas, viver um dia após o outro, colocar cada coisa em seu lugar. Deixar sentir, sofrer, enraivecer, negar, acreditar, aceitar ou não… o que tiver que ser feito. Tudo o que ficou por fazer.

“Seu gesto segue sendo chocante, da ordem do imponderável. As consequências do que ele fez são palpáveis, mensuráveis. Os motivos dele não. Não fazia sentido, nunca faria.”

A leitura de O Que Ficou Por Fazer foi iniciada, pausada, sentida, continuada, refletida, finalizada, mas provavelmente, nunca terminada. Não apenas por Daniel, Graça e Dona Carolina. As nuances da histórias são bruscas e sutis, coloridas e em preto e branco, mudas e barulhentas, equilíbrio e caos. Há uma imensidão inteira dentro dele e espero ter mostrado uma ínfima gota do oceano que o compreende.

“Não há moral da história. Segui as pistas e elas não me levaram a uma resposta simples, fácil, conveniente. Continuo sem saber o essencial. O passado segue sendo apenas o passado. O que posso dizer? Daniel amou, sofreu, morreu.”
Falando Sobre Suicídio

Segundo a Organização Mundial de Saúde, anualmente cerca de 800 Mil pessoas morrem por suicídio no mundo. É a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, cerca de 11 mil pessoas por ano, tiram a própria vida. Nos últimos anos, a taxa de mortalidade por suicídio têm registrado aumento.

32 BRASILEIROS MORREM POR DIA VÍTIMAS DE SUICÍDIO

Trata-se e um problema de saúde pública complexo, com consequências sérias nos âmbitos emocional, social e econômico. A questão é vista normalmente como tabu, tanto que vários veículos de comunicação evitam falar a seu respeito, mas mais pessoas do que se imagina já tiveram a intenção de tirar a própria vida.

EM UMA SALA COM 30 PESSOAS, 5 DELAS JÁ PENSARAM EM SUICÍDIO

A principal medida a ser adotada para evitar o suicídio (sim, ele pode ser evitado), é a educação. O assunto não pode ser tratado como tabu, algo de que não pode ou tem medo de falar, especialmente por questões religiosas ou porque as pessoas vêem o suicida como alguém fraco, perdedor. Segundo os dados da OMS, 90% dos suicídios poderiam ser prevenidos e é sempre importante conhecer mais sobre o assunto para poder ajudar ou mesmo pedir ajuda.

Sites como o do Centro de Valorização da Vida – CVV possuem redes de atendimento e diversos materiais informativos, que valem a pena conhecer e compartilhar, fica aqui o convite!

Fonte: Centro de Valorização da Vida
Aleatoriedades
  • As palavras escritas no caderno que aparece em algumas das fotos é de uma das cartas de Daniel, retirada do livro (o garrancho é todo meu…);
  • A Coca-Cola é por causa da Graça;
  • As fotos que aparecem nas fotos do post são antigas daqui de casa e o casal bebê-ternura, são meus irmãos;
  • A qualidade do livro é aquele primor da Quintal, as páginas em papel grosso e amarelado, do jeito que amo! Ótima revisão e diagramação das páginas, bem confortável de ler!
  • O Que Ficou Por Fazer faz parte da Coleção Yebá, que leva o nome da deusa brasileira, parte da mitologia dos índios Dessana, e criou a si mesma quando nada existia, para depois criar o mundo. Não podia ter nada mais bonito do que ligar Yebá à literatura na qual a Quintal acredita: somos nós, mulheres, que nos geramos, para poder conceber também tudo aquilo que nos rodeia.
  • Mais um mega obrigada à Quintal Edições pela confiança e pela parceria!
  • Dica de leitura que também aborda o luto e o suicídio: O Último Adeus de Cynthis Hand

Que a Força esteja com vocês!

xoxo

Retipatia

Comente este post!

  • Marcinha Nunes

    Que leitura incrível uma resenha e tanto. Assim que você a iniciou a primeira coisa que me veio a mente foi a série 13 reasons why que se não me engano também foi inspirada de um livro e logo após pensei que essa narrativa da autora também daria um ótimo filme. Fiquei muito curiosa com a história parabéns pela parceria já amei a primeira resenha da Anna Luísa Araújo. Espero que venham outras!!!

    responder
    • Retipatia

      Oi Marcinha!
      Ah esse livro é mesmo incrível! Eu não cheguei a ler 13 reasons why, apenas assisti ao seriado, apesar do tema e do foco da série (e acho que também do livro), e a abordagem de O que ficou por fazer achei bem mais realista e verdadeira, porque 13 reasons tem a alegoria das fitas, o trabalho de suspense da trama, tenho a impressão que mais pra ser mais entretenimento do que relato e questionamento sobre o tema.
      Fico feliz que tenha gostado, tem mais duas resenhas da mesma Editora aqui no blog, se te interessar, são Fadas e Copos no Canto da Casa e Incômodo Conto.

      responder
  • Juliana Sales

    Nossa, achei muito interessante a proposta desse livro. Mas como você mesma disse no post, estabilidade emocional é um luxo de poucos, então não sei se seria um boa ideia pra mim ler esse tipo de conteúdo agora. De qualquer forma, sua resenha me tocou e me deu muita vontade de conhecer melhor essa história, vou guardar a indicação para ler daqui a um tempo.

    responder
    • Retipatia

      Oi Juliana!
      A proposta do livro é incrível e muito tocante mesmo! E estabilidade eu confesso que também não tenho… ahahaa Mas foi uma leitura que me tocou em tantos aspectos, que eu sempre vou recomendar! Quando tiver a chance, não deixe de conhecer, vale muito apena! <3
      Obrigada pela visita! <3
      xoxo

      responder
  • Cilene Mansini

    Só o nome do livro já me fez pensar.
    Li por esses dias um livro que trata do mesmo assunto e no fim como você diz fica mais perguntas do que respostas e muitas coisas a serem pensadas.
    Quando eu estava na faculdade uma colega de grupo se suicidou. Ela era uma pessoa aos nossos olhos “normal”, não era alegre demais, nem deprimida, tinha planos para quando terminasse a faculdade, tinha planos com o namorado. Quando ela cometeu o suicídio foi um grande choque para todos. Depois de ler essa resenha comecei a pensar em quantas pessoas que conheci ou conhecidas de pessoas próximas cometeram suicídio ou tentaram e foram muitas. E para minha surpresa foram muitas 🙁
    Já coloquei mais esse livro na lista, apesar de saber que vou ler e parar bastante vezes.
    Beijos

    responder
    • Retipatia

      Oi Cilene!
      Esse livro é assim mesmo, faz pensar do título, da capa, até a última página, e, com certeza, bem depois de acabar a leitura. Que lembrança triste, é uma realidade que está ao nosso redor e que muitas vezes não sabemos dela, e infelizmente, é bem mais comum do que pensamos.
      Quando fizer a leitura, vai no seu tempo, sem pressa e aproveita o momento de reflexão. E não esquece de me falar o que achou do livro! <3
      Obrigada pela visita! <3
      xoxo

      responder
  • Mari de Castro

    Oi Renata,
    Que livro é esse hein? Sua resenha me deixou meio sem ar, sobre esse assunto tão dolorido fico pensando como é grande a dor de uma pessoa que desiste da vida e se essa pessoa tem a solidão como sua melhor amiga, isso pode ser fatal. Esse livro é capaz de nos levar a questionamentos internos sobre nossas escolhas e atitudes. Me interessei muito de início pelo título e quando li suas palavras, fiquei mais tocada ainda e fiquei com muita vontade de ler, pois ando bem pensativa sobre questões da vida e tenho buscado me conhecer melhor e esse tipo de livro nos leva a repensar nosso caminho. Adorei conhecer, só fico triste em saber que nos dias atuais o suicídio tem sido a escolha de muitos.

    responder
    • Retipatia

      Oi Mari!
      Acompanho suas palavras, é um caminho muito solitário e triste que faz muitas vítimas. O livro faz refletir muito, tanto sobre nós mesmos, quanto acerca daqueles que nos rodeiam. Fico feliz que a resenha tenha chamado sua atenção, a leitura é realmente necessária, assim como a divulgação de informação, que traz conscientização e pode ajudar no combate ao suicídio e reverter esses números que só têm aumentado!
      Obrigada pela visita! <3
      xoxo

      responder
  • Mari de Castro

    Rê,
    Desculpe esqueci de me despedir de você. Que vc tenha uma linda semana bjinhos <3

    responder