retipatia.com
Dom Casmurro e os Discos Voadores ♥ Machado de Assis e Lúcio Manfredi |
Bom dia, tarde e noite folks! O post que era da quinta acabou virando da sexta. O blog estava com umas intermitências na hospedagem e estava impossível abrir e fazer qualquer coisa nele. Então, hoje, back to work e bora falar da leitura finalizada na madrugada de quinta, porque eu adoro terminar leituras nas madrugadas da vida… Título: Dom Casmurro e os Discos Voadores Autores: Machado de Assis e Lúcio Manfredi Editora: Lua de Papel (LeYa) Sinopse: A famosa personagem clássica Capitu, de Machado de Assis, tinha como principal característica os dissimulados olhos de ressaca. Nesta versão de “Dom Casmurro” escrita por Lúcio Manfredi, o mistério por trás dos olhos de Capitu vai além, está diretamente ligado ao mar. A trama romântica agora sofre a interferência de seres alienígenas e androides, disfarçados sob os personagens originais de Machado. Cabe ao leitor, identificar quem é quem. Bentinho não está apenas envolvido no triângulo amoroso, mas numa disputa de forças intergaláticas. Um combate entre as evoluídas civilizações reptiliana e aquática, que habitam o planeta Terra há milhões de anos. Como no livro original, o ciúme de Bentinho continua presente. Só que agora existe mais um motivo para sua desconfiança: a ligação entre a amada Capitu e seu melhor amigo Escobar não é mesmo deste mundo. A impressão que eu tinha era a de que Capitu fora criada pelo destino com o único propósito de ser minha amiga. O que, num certo sentido, não deixa de ser verdade. Seguindo a onda de recontar clássicos da literatura brasileira, a Editora Lua de Papel traz Dom Casmurro e os Discos Voadores. E, depois de ler Senhora, A Bruxa (tem resenha aqui!), fiquei bastante empolgada para começar este. E, como estes títulos estavam parados na estante e esse ano resolvi tirar a poeira da galera, fui bem ávida começar a leitura dessa versão de Dom Casmurro. Questionamentos? Apenas um: por que eu não li este livro antes? “Um escritor mais talentoso do que eu poderia até dizer que apaixonar-se é criar uma religião pessoal em honra a um deus falível.” Nesta versão de Dom Casmurro, esqueça o tradicional mover da história já conhecida: as desconfianças e ciúmes de Bentinho. Esse aspecto está no livro, mas de maneira secundária, como motivador principal das ações de Bentinho e não como motriz da história. “Eu já amava, mas ainda não sabia a quem amar, e então amava o amor.” Tio Cosme é apreciador das estrelas e, viciado nelas desde quando vê um disco voador cruzar o céu do Rio de Janeiro, uma noite antes da família do Pádua se mudarem para a casa ao lado de Bentinho. E aí, como já se espera, Capitu entra na vida do garoto que viria a ser Dom Casmurro. “Um estímulo visual aplicado da maneira correta, no momento adequado, gera modificações em nosso cérebro que nem somos capazes de imaginar. Não estou falando de magia, mas de tecnologia. Se bem que, suponho, qualquer tecnologia suficientemente avançada não pode ser distinguida da magia.” As nuances da história foram muito bem trabalhadas, mantendo a essência inicial do romance de Machado de Assis como base para desenvolvimento de uma trama de outro mundo. Bentinho precisa ir para o seminário, virar padre, como na obra original, devido à promessa que sua mãe fizera, contudo, a promessa e toda...
Retipatia