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Meu Querido Astronauta ♥ Taty Azevedo

Meu Querido Astronauta

Taty Azevedo

Publicação Independente – Amazon Direct Publishing

“Dominar a Terra e nos fazer de escravos é o maior clichê. Talvez essa seja a história criada, um sci-fi adolescente com pegadas de invasão alienígena.”

Sobre a Autora

Taty Azevedo já andou bastante por todo o país. Conhecer uma realidade diferente em cada lugar guiou sua mente por caminhos alternativos. Mantém o projeto “Meu Querido Astronauta”, em que tenta mostrar por meio de crônicas esse pedaço do Universo para um amigo viajante espacial. “A Improvável Annelise” é seu livro de estreia.

Sinopse

Maria Luiza é uma adolescente de dezesseis anos que não se encaixa na idade. Para ela, as pessoas deveriam sair da infância direto para a vida adulta, e é isso que põe em prática diariamente. Pelo menos até o garoto popular da escola sofrer um acidente e revelar que é, na verdade, um extraterrestre de férias em Pirenópolis. Uma vida de seriado adolescente é tudo que ela não quer, mas será que a fantasia vai ser mais forte do que a previsível vida real?

Meu Querido Astronauta

No fim do ano passado, quando Meu Querido Astronauta lançou, a primeira impressão já chegou pela capa, de uma sutileza e delicadeza que, somadas ao título, me faria vê-lo numa livraria e sair com ele feliz dentro da sacola, sem sequer ter lido frase alguma da sinopse. O detalhe é que, já conhecendo a autora pelo seu primeiro livro, A Improvável Annelise, a única certeza era a de que eu leria esse livro, com ou sem capa linda. Como diz a protagonista, com o tempo a gente “aprende que capas chamativas não são garantia de boa história“, mas felizmente, esse livro conseguiu reunir as duas coisas.

“— Nós viajamos pelo espaço.

— Como… como um astronauta? — arrisco. Ele pisca os olhos mais uma vez. Estou
começando a entender como o Pedro alien do Pedro funciona. Será que ele faz esse negócio do olho quando finge ou pensa pesquisar algo dentro “desse cérebro”? E como ele consegue deixar os olhos abertos por tanto tempo?

— Como um astronauta — ele confirma, por fim.”

Em Meu Querido Astronauta, adentramos as flores que compõem a capa para conhecer a adolescente Maria Luiza nas ruas da pacata cidade do interior em que ela vive. Uma garota que, mesmo sem saber ou querer, lida tipicamente com a sua adolescência ao tentar ser mais madura que os colegas que a rodeiam na escola e passar incólume por esse período costumeiramente conturbado da vida.

“Medo deve existir em qualquer lugar do universo.”

Seus planos talvez dessem certo se não fosse o elemento inesperado, o estranho comportamento de um de seus colegas de classe após um acidente de carro. Seria alguma espécie de pegadinha ou existe mesmo um alienígena no corpo do garoto que costumava fazer parte dos holofotes da escola?

“Então imagino libélulas nadadoras, peixes libélulas, libélulas marinhas.”

Acreditando sem acreditar Lui e sua melhor e única amiga Dai partem numa divertida e misteriosa empreitada: fazer com que o agora chamado Alienboy tenha a experiência de um típico adolescente durante seus dias como terráqueo.

“Essa Ana e esse Vicente mais simpáticos não se parecem com os originais. Aliens ou sequelas? Balanço a
cabeça para espantar os aliens. A hipótese de sequelas coletivas ganha força.”

É claro que tudo isso só poderia gerar algumas confusões, paixonites e boas risadas. Uma das belezas da leitura dessa história é justamente a facilidade com que é possível identificá-la com a própria adolescência, um período de descobertas, aventuras e, claro, muito crescimento. Por mais que você não tenha sido um adolescente como Maria Luiza, entende os desafios pelos quais ela passa e torce para que ela não decida que esse seja um período da sua vida que precisa passar em branco.

“Enquanto os minutos se arrastam e meu estômago dá voltas, entendo as preocupações das mocinhas da ficção, não é fácil ser uma humana normal num mundo cheio de seres sobrenaturais e interplanetários.”

E os personagens, são cativantes, parecem a melhor amiga do seu primo, a sua vizinha que foi sua amiga por tanto tempo ou mesmo aquela colega de classe que você conversa vez por outra. Mesclando isso à ideia de que alienígenas estão entre nós, a história consegue trazer bons ensinamentos sobre amizade, autodescoberta e confiança. Tipicamente juvenil, ela trata de temas tão comuns à idade, mas que costumam reverberar por toda uma vida.

“Estranho como as pessoas se abrem com quem gostam, tiram a máscara de personagem social e são mais elas mesmas.”

A narrativa segue fluida e suave, de maneira que te cativa e manda prosseguir. Sabe-se-lá se é por causa das naves espaciais em forma de libélulas, por causa da carinha de interior aconchegante da cidade, dos ataques de sincericídio ou do simples fato deles se encontrarem para assistir Netflix e se empanturrar de brigadeiro, das referências à Stranger Things e vampiros, mas fato é que a sinergia com a realidade toma forma. Só falta então ao leitor responder a questão: eles estão entre nós?

“Essa é a evolução que eu consigo hoje. Pode ser uma besteira para muita gente, mas eu acho o beijo na bochecha subestimado. Ele deveria valer muito mais na escala de evoluções de um relacionamento. Você não dá um beijo, um beijo de verdade, não aqueles dois beijinhos de apresentação, na bochecha de qualquer um. Acho até que tem gente que, inconscientemente, dá mais beijo na boca do que beijo na bochecha, o que prova minha teoria de que ele deveria ser mais notado.”

Meu Querido Astronauta é um livro juvenil capaz de encantar até mesmo a galera que foi adolescente há um tempinho, é uma história sobre olhar para dentro e para além de si, é sobre amizade, primeiro amor e acreditar que, seja como for, não estamos sozinhos!

“A gente não entende bem por que algumas pessoas passam pelas nossas vidas. Na hora, não parece ter um motivo, é uma coisa sem sentido, desnecessária. Mas aí elas vão embora tão de repente quanto chegaram e deixam um vazio que a gente nem sabia que existia antes de elas aparecerem. Então a gente descobre por que elas passaram pelas nossas vidas.”

Aleatoriedades

  • Conheci a escrita da Taty Azevedo no ano passado, com a parceria para a leitura de A Improvável Annelise (tem resenha, só clicar aqui). Daí, quando vi o lançamento, fiquei mega curiosa, gosto do modo como ela mescla o nosso mundo e seres de outros planetas e, Meu Querido Astronauta tem uma pegada mais juvenil, enquanto Annelise é young adult. Mesmo assim, a essência da escrita se mantém e é impossível não adorar a história. Confesso que o astronauta tem até um lugar mais querido no coração que a Annelise!
  • A capa desse livro é absolutamente linda, fico imaginando uma versão física dele (alô editoras! ehehe), ia ser de cair o queixo! Para a hora das fotos, rolou muita indecisão, mas no fim, até que fiquei satisfeita. Para quem gosta de ver o meu processo de produção de fotos, agora tem tudo organizado e salvo nos destaques do Instagram (@retipatia) é só procurar por ‘making of’ nos destaques, a produção dessas fotos e das tentativas falhas antes dessas também estão lá!

O e-book do livro Meu Querido Astronauta está disponível para leitura na Amazon e através do Kindle Unlimited.

Que a Força esteja com vocês!

Ouvindo: Parallel Line – Keith Urban

Comente este post!

  • Luana Souza

    Minha nossa. Rê, que sinopse mais fofa! Sério, fiquei imensamente curiosa e animada para ler, tanto que já peguei emprestado aqui no Kindle. Parece ser tão fofo *-*
    Já li um livro com uma premissa parecida, chama-se Obsidiana, mas, ao contrário desse, eu já fui começar a ler sabendo que não gostaria tanto. E, bom, não gostei haha. É sobre extraterrestres que estão na Terra, mas meio sem noção porque o dito ET é um babaca de carteirinha, e manenina, uma sonsa.
    Se eu ler conto o que achei <3 adorei as letrinhas de "não estamos sozinhos".

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  • Juliana Sales

    Que gracinha essa capa! E o livro também parece ter uma história bem fofa. Me lembrou muito os livros que eu lia na época da escola, tipo os da Coleção Vagalume. E até por isso deu uma super nostalgia. E preciso admitir que meu guilty pleasure são esses livros adolescentes, com histórias mais simples e curtinhas. Acho que são uma boa distração, uma leitura leve para relaxar. E as fotos ficaram tão fofas! Amei os tons de verde e o detalhe da libélula.

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  • Patricia Monteiro

    A capa é realmente um amor, acho que eu também compraria esse livro só por causa dela, rs! A história é muito fofa, me lembrou uma novela que passou há tempos atrás chamada O Amor está no Ar (também falava sobre o amor de uma menina por um rapaz que era na verdade um alienígena). Acho que essa trama daria uma ótima série Netflix, os adolescentes de todas as idades iam amar!

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  • Lunna

    Confesso que não sou muito fã de leitura juvenil, mas não é algo novo… pulei etapas, vivi a infância e a fase adulta. Qualquer semelhança com a história não é mera… enfim, o fato é que nunca curti as aventuras da adolescência, achava tudo muito chato e isso me colocava na condição de Alien, obvio que ao ler-te, pensei se realmente não era essa a questão… sou de outro planeta, mas não literalmente, apenas na diferença que nos aproxima e afasta de uns e outros.
    Adoro esses paralelos que traço entre o meu próprio corpo e os elementos que estão por aí.
    bacio cara mia

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  • Ale Helga

    Como eu não conhecia esse livro?
    Amei sua resenha…Já colequei a indicação na frente de outros…
    Abraços

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  • Isabelle Brum e Silva

    Olá!
    Primeiramente, QUE CAPA LINDA! Certeza de que leria ele também só pela capa ^^’
    Segundo, adorei a história; um ET aparentemente fofo, história adolescente sobre descobertas e afins?! Já sei que é coisa boa. E gostei também que ele é bem diferente dos juvenis que costumo ver e/ou ler *-* Espero conseguir adquirir o meu em breve e começar a ler.
    Ah, e adorei ter referências a Stranger Things (amo demais essa série!)
    Parabéns pela resenha e pelas fotos.

    Beijinhos e boa semana.
    Isabelle
    https://livrosgatoscafe.wordpress.com/
    https://blogalgodotipo.wordpress.com/

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  • Cilene

    Eu andei um pouco afastada da internet e como você faz resenhas na velocidade da luz ou até mais rápido que ela tinhas várias para escolher,
    Mas, a capa desse livro e as fotos singelas que você tirou me fez esse escolher esse para comentar hoje.
    E fiquei apaixonada pela resenha e com muita vontade de ler o livro, a capa é linda, as cores são perfeitas. E eu acho que fui bem uma adolescente assim, achava tudo chato e sem sentido hahahaha.

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  • Maria Eduarda Mega

    Eu amei o livro, dei uma pequena choradinha no final. A Taty é muito talentosa e adoro a vaibe aliens dos livros dela, é uma temática sobrenatural que não tem tanto destaque como vampiros e lobisomens, mas não deixa de ser tão bom quanto. Gente, o que falar sobre essa capa? Sem palavras! Linda demais, aquele cavalo – marinho do nada é um easter eggs enorme. Aquela libélula com capacete de astronauta? Estou chorando! Vou desabafar: não queria que ele fosse embora, queria que ficasse. Que livro mais fofooo❤❤

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    • Retipatia

      Oi Maria Eduarda!
      Ah eu também adoro essa ideia de recorrer aos aliens, já que não é algo tão em alta, por assim dizer, como alguns outros seres e criaturas e, ao mesmo tempo, cria sempre ótimas oportunidades narrativas, que a Taty sabe aproveitar bem! Eu também adoro essa capa e já fico imaginando ele em versão física, ficaria um amor! Eu não queria exatamente que eu ficasse, compreendo a necessidade da partida também como um ato de amadurecimento para os protagonistas. Mas espero mesmo que ele volte um dia… ehehe Muito fofo mesmo esse livro! 🙂
      Obrigada pela visita!
      xoxo

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