retipatia.com
REALidade ♥ Obdulio Nuñes Ortega |
Entrar na mente de alguém, ou, especificadamente, na de Obdulio Nuñes Ortega. Essa é a proposta de REALidade, que reúne crônicas da vivência do autor em uma obra repleta de significados. REALidade Autor Obdulio Nuñes Ortega Editora Scenarium Plural “É quando surge o questionamento: o que me tornei depois que assumi a pele em que habito?” Prefácio de Lunna Guedes para REALidade Sobre o Autor Obdulio Nuñes Ortega nasceu a fórceps no começo de outubro de 1961, no centro de São Paulo. Ainda criança, começou a se mover para a Periferia, primeiro à Leste, depois ao Norte. Desde cedo, quis ser escritor. Renasceu aos 17 anos, vegetariano e a crer. Aos 27, renasceu casado e pai. Escolheu trabalhar como peão e dono de seu próprio negócio. Budista, demorou a lucrar. Franciscano, aceitou com resignação ganhar o pão com o suor de seu rosto. O escritor adormeceu e, sem ter como se expressar, aquele Obdulio morreu no final de 2007, diabético, por excesso de amargor. O atual renasceu a carregar a memória do antigo homem que escrevia, a enxergar o mundo como novos olhos… ainda que a herdar a miopia do outro. E chega até este quadrante a sentir redivivo… a cometer os erros dos novos, a renovar os seus ímpetos, a amar como um adolescente, a ser escritor, como sempre quis. Sinopse REALidade é o primeiro livro de Obdulio Nuñes Ortega. Ele – livro e autor – nos convida a um jogo de dardos, e nos brinda com uma conexão entre seu texto e o tempo vigente… nos apontando seu olhar cerimonioso sobre a realidade das coisas subdivididas em: passado-presente-e-futuro e todas as suas lacunas, de maneira mais ou menos testemunhal. Ele se oferece nas linhas, como o tempo exato do disparar do dardo – que deixa a mão e voa de encontro ao alvo… no caso, o leitor, que pode estabelecer uma conexão ou apenas se divertir com a trajetória. Acertar ou errar não é o objetivo do Autor, ele quer apenas brincar, como um menino arteiro, com a REALidade… REALidade Por vezes andamos no ônibus em direção à faculdade, esbarramos em Almodóvar e, por outras, observamos tudo da janela ou sentados à beira da praia a degustar a água salgada e um livro. Quem sabe até durante um instante sozinho – não solitário – em que se encontra um desconhecido conhecido. Ou seria conhecido desconhecido? “Muitas vezes, os gestos mais prosaicos reservam os desejos mais intensos… como o simples café da manhã que lhe ofertei hoje, na intenção de demonstrar que a quero feliz, porque creio que a felicidade seja assim, simples… felicidade de amar.” Dama “Não vejo melhor maneira de estruturar o futuro que nos dedicarmos ao presente… da melhor maneira possível!” Tempo A leitura começa guiada pelo prefácio de Lunna Guedes, que nos indaga: nessa vida, somos alvo ou dardo? E, a partir daí, seguimos pelas certezas certas e incertas de Ortega, variando de crônica a crônica, entre expectativas e visões de sua REALidade. Que vai – em literal-idade – da realidade à sua real idade, num jogo de palavras que faz jus à cada pedaço de texto que nos faz pensar nos nossos próprios conceitos e, obviamente, reais-idades. “Ser ‘Sim’ é uma atitude de alma. Há tanta gente ‘Não’, que o mundo não consegue desvendar...
Retipatia