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Resenha ♥ Harry Potter e A Criança Amaldiçoada ♥ J. K. Rowling

Bom dia, tarde e noite folks!

Quando se trata de Joanne Kathleen Rowling, o mundo trouxa para sempre para ouvir. E diria que o mundo bruxo também. Não importa a qual você faça parte, sei que você também!

O burburinho que a peça teatral de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada trouxe ao mundo dos aficionados pelo mundo mágico criado pela autora começou há tempos e, desde sua estreia, tudo que restava a alguns era o doce sonho em, um dia, que a peça seja exibida em outros países do mundo.

Contudo, porém, entretanto, o lançamento do roteiro de ensaio da peça em formato de livro renovou as esperanças dos fãs e trouxe a ideia afetuosa de que a magia não acabou. Fato ainda aumentado com a estreia de Harry Potter e os Bicho – a.k.a. Animais Fantásticos e Onde Habitam (falei do filme lá no Juntando as Nerdices!).

Vale lembrar que mantendo a ideia espalhada por Rowling, com o ‘keep the secrets’ (‘mantenha os segredos’), lembrando para ninguém dar spoiler sobre a história e acerca da peça, vou lembrar que meus comentários podem conter novidades para quem ainda não leu, mesmo que eu não vá dar uma descrição detalhada do enredo, é bom salientar. Então, se NÃO deseja saber detalhes sobre o roteiro – por mais contraditório que isso possa soar à quem divulga uma resenha – não continue a leitura e keep the secrets!

Título: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada

Edição Especial do Roteiro de Ensaio

Editora Rocco

J. K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne

SINOPSE: A oitava história. Dezenove anos depois. Sempre foi difícil ser Harry Potter, e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.

Baseada em uma história original escrita por J. K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne, Harry Potter e a Criança Amaldiçoada é uma nova peça teatral de Jack Thorne. É a oitava história de Harry Potter e a primeira a chegar aos palcos. Esta Edição Especial do Roteiro de Ensaio leva aos leitores do mundo todo a continuação da jornada de Harry Potter, seus amigos e familiares, imediatamente após a estreia mundial da peça no West End de Londres em 30 de julho de 2016. (Contracapa).

Acho que é sempre bom começar pelo começo e, dito esta redundância, a saga Harry Potter me acompanha há tanto tempo que tem e sempre terá um lugar muito especial em meu coração e na minha vida. E, há um misto de sentimentos e sensações que me tomaram enquanto eu lia este livro e que desejo compartilhar com vocês.

É bom lembrar, a qualquer um que vá ler, que este é o roteiro da peça, então o contar e o fluxo da história são bem distintos dos outros livros da saga ou mesmo de um livro em si. Na primeira página já se nota a diferença de narrativa, mas, ao meu ver, nada que atrapalhe o seguir da história, ainda que a torne menos detalhada.

Sabe aqueles 19 anos depois que conhecemos lá no fim de Harry Potter e as Relíquias da Morte? Pois é, tudo começa a partir daí. E, dessa vez, não ficamos apenas no trio Harry-Rony-Mione, os vemos adultos, rodeados de responsabilidades de ‘gente grande’, por assim dizer. Com suas famílias, empregos e problemas reais, de gente real. E aí é que está toda a beleza, sutileza e também, amargura da história. Porque, quando um livro acaba tudo que você deseja para aqueles personagens que percorreram tantas tristezas e desafios é de que tudo cheire um pouco a ‘viveram felizes para sempre’, ainda que isto não seja de um modo afetado, mas normal e alcançável.

A questão é que, o livro traz uma realidade um pouco mais crua dos personagens. Sobre Harry (e deixe-me viajar um pouco dizendo que, para quem não entende porque Frodo pegou a barca para as terras imortais, a compreensão pode ser alcançada aqui), sua relação com sua esposa, Gina e seus filhos – em especial com Alvo Severo Potter – e com o próprio trabalho que ele desempenha. As marcas do passado são profundas em todos que vemos: no casal Rony e Hermione, com sua filha Rosa, em Draco e seu filho Escórpio.

E, por falar em marcas, todos os personagens estão fadados a lidar ou com a sombra do seu próprio passado ou com a sombra do passado de seus antepassados. O que é brilhante e, claro, real e cruel (e brilhante exatamente por isto, nenhum grande ato, para o bem ou para o mal, para de reverberar enquanto houver memória a ser contada).

Os personagens passam por algumas transformações durante a trama e, posso dizer que tenho um favorito: Escórpio Malfoy. Sim, orgulho de ser 50% Sonserina nesse momento (porque os outros 50% são Grifinória, aceitem). Ele e Alvo são dois novos personagens incríveis e bem construídos, que poderiam ser ainda mais em um livro propriamente dito. (E talvez isso seja apenas meu recalque dizendo: sim, você não foi assistir à peça e está aí criticando… rsrsrs).

O enredo em si, o desenrolar da trama, me pareceu um pouco parado no início, mas nada que uma pequena curiosidade não tenha, de fato, sido despertada, para dar continuidade ao virar rápido de páginas e fazendo com que a história ficasse cada vez mais empolgante.

Alguns dos recursos utilizados na história já são conhecidos pelos leitores da saga e isso torna tudo muito mais familiar e sublime. Valer-se de itens já explorados, dando vazão a coisas novas, é muito interessante, ainda que, em algumas partes possa-se tender ao previsível, há algumas reviravoltas bem interessantes na história. Contudo, o elemento ‘novidade’, como o descobríamos a cada ano de Harry em Hogwarts, é inexistente, ressalvada a ideia de apresentação de novos personagens e nova perspectiva do mundo bruxo, um mundo sem Voldemort.

Além de tudo isso, o texto traz uma visão muito legal sobre responsabilidades e expectativas quando se trata daqueles que amamos. Especialmente através das relações de pai e filho (Harry e Alvo e Draco e Escórpio). Claro que, todo esse clima e contrariedades, desentendimentos, com uma louca aventura no meio do caminho, faz com que a sensação de que tudo no mundo bruxo é real, muito mais palpável. E essa é a magia que Rowling nos traz em A Criança Amaldiçoada.

Apesar de eu ter torcido por um casal que, na verdade não é ou será um casal… kkkk A história em si é muito cativante e com certeza, deve ser uma obra prima nos palcos!

E você, já leu? Conta o que achou do oitavo livro da saga Hary Potter enquanto aguardamos ansiosamente os projetos que a nossa amada autora está trabalhando atualmente!

May the Force be with you!

xoxo

Ouvindo: Love Me Harder – Ariana Grande & The Weeknd

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  • Kimberly Camfield

    Eu li e simplesmente adorei! E realmente, algumas partes são bem previsíveis, mas não muda o fato de ser uma história realmente boa. Por ser o roteiro de uma peça de teatro, é um livro muito rápido de ler e que prendeu a minha atenção a cada página. Quando comecei a ler não parei mais, li tudo em 2 dias haha E eu preciso dizer: Scorpio é meu personagem favorito, porque não é nada do que eu esperava de um filho do Malfoy. E concordo com você: ele e Alvo são personagens muito bem construídos, que seria ainda melhores em um livro propriamente dito.

    Beijos, adorei a resenha.

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  • jadeafranco

    Eu não sou muito fã de HP, então não me interessei em ir atrás da leitura desse livro, mas uma coisa posso falar: que edição bonita.
    Fico feliz que ele tenha trago tanta magia de volta à vida dos fãs da saga. ♥

    Beijos
    http://www.jadeamorim.com.br

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